PYONGYANG (Reuters) - O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse que seu país não usaria armas nucleares a menos que a sua soberania fossse violada por outros com armas nucleares, em discurso transmitido neste domingo, e definiu um plano de cinco anos para impulsionar a economia do país.
O Norte "irá cumprir fielmente a sua obrigação de não-proliferação e luta pela desnuclearização global", disse Kim no sábado, no raro congresso do Partido dos Trabalhadores, embora a expressão só tenha ido ao ar no domingo na televisão estatal.
Pyongyang também estava disposta a normalizar os laços com os estados que tinham sido hostis em relação ao país, disse Kim.
A isolada Coreia do Norte fez declarações similares no passado, embora também tenha frequentemente ameaçado atacar os Estados Unidos e a Coreia do Sul, e tem desafiado resoluções das Nações Unidas em sua busca por armas nucleares.
O primeiro congresso do partido em 36 anos começou na sexta-feira em meio à antecipação por parte do governo e especialistas sul-coreanos que o jovem líder de terceira geração iria utilizá-lo para consolidar ainda mais poder. Kim tornou-se líder em 2011 após a morte repentina de seu pai.
A economia da Coreia do Norte está abatida por sanções da ONU que foram reforçadas em março, após seu teste nuclear mais recente, e o plano de cinco anos de Kim para impulsionar o crescimento econômico enfatizou a necessidade de melhorar o fornecimento de eletricidade da Coreia do Norte e desenvolver fontes domésticas de energia, incluindo energia nuclear.
(Reportagem de James Pearson (LON:PSON))