Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 22.10.2025, 08:13
© Reuters.

Investing.com – Os índices futuros das bolsas norte-americanas operavam próximos da estabilidade nesta quarta-feira, em meio à expectativa por novos resultados corporativos e à correção recente no mercado de commodities.

As ações da Netflix recuaram mais de 6% no after market, após a gigante do streaming divulgar uma margem operacional abaixo das projeções. Já a Tesla divulga seu balanço após o fechamento em Nova York.

No Brasil, os investidores avaliam os números de produção da Vale e aguardam o balanço trimestral da WEG.

1. Futuros estáveis nos EUA em meio à cautela dos investidores

Os índices futuros de Nova York apresentavam variação modesta, refletindo a prudência dos investidores diante de uma agenda carregada de resultados e da queda acentuada do ouro no início da semana.

Às 7 h de Brasília, o futuro do Dow Jones subia 0,1% (38 pontos), o do S&P 500 avançava 0,1% (10 pontos), enquanto o Nasdaq 100 operava praticamente estável.

Na véspera, Wall Street encerrou o pregão sem direção única, com parte do mercado avaliando se as atuais cotações ainda se sustentam diante de múltiplos elevados.

O ambiente geopolítico também segue no radar. O presidente Donald Trump declarou que uma reunião aguardada com o líder chinês Xi Jinping, prevista para este mês na Coreia do Sul, pode não ocorrer, reduzindo as esperanças de distensão comercial entre as duas potências. Trump acrescentou, contudo, que caso o encontro aconteça, espera fechar um acordo “fantástico” e “justo” com Pequim.

Paralelamente, a planejada cúpula entre Trump e Vladimir Putin foi suspensa, após autoridades russas indicarem não haver disposição para encerrar o conflito na Ucrânia.

2. Margens da Netflix sofrem impacto de disputa fiscal no Brasil

As ações da Netflix recuaram nas negociações estendidas, após a companhia reportar margem operacional de 28% no terceiro trimestre, levemente abaixo das projeções do mercado.

Segundo a empresa, o resultado foi afetado por encargos relacionados a uma disputa com autoridades fiscais brasileiras. Excluindo esse impacto, a margem teria superado as estimativas. A companhia também reduziu sua projeção anual de margem, de 30% para 29%.

Mesmo com o ajuste, a receita e o lucro avançaram, impulsionados pelo crescimento das vendas de publicidade, pelo aumento da base global de assinantes e por reajustes de preços em mercados-chave.

3. Tesla divulga balanço após o fechamento

A temporada de resultados segue movimentada, com destaque para o relatório da Tesla, que será publicado após o encerramento dos negócios em Nova York.

A fabricante de veículos elétricos registrou entregas recordes no terceiro trimestre, apoiada por uma campanha de marketing e descontos voltados a antecipar vendas antes do fim de um crédito fiscal de US$ 7.500 concedido a compradores nos EUA. Analistas avaliam como a retirada desse benefício poderá afetar o desempenho da companhia nos próximos trimestres.

Para a Vital Knowledge, “os números trimestrais são quase secundários, já que o valor das ações está mais vinculado às expectativas sobre projetos de longo prazo, como robotáxis e direção autônoma, do que ao negócio principal de produção e venda de automóveis.”

Os papéis da Tesla acumulam alta superior a 16% em 2025, em parte devido à proposta de um novo pacote de remuneração bilionário para Elon Musk, que também aumentou sua participação acionária.

Outros balanços aguardados incluem AT&T, GE Vernova e Thermo Fisher, que divulgam resultados antes da abertura dos mercados.

4. Ouro segue em correção

O ouro voltou a recuar nesta quarta-feira, ampliando as perdas registradas no início das negociações asiáticas. O movimento foi sustentado por vendas oportunísticas e por um dólar mais forte.

Os investidores acompanham de perto os próximos dados de inflação dos EUA, que poderão influenciar a estratégia do Federal Reserve em relação aos juros nas próximas reuniões. Devido à paralisação parcial do governo americano, esse pode ser o último indicador relevante antes da decisão de política monetária marcada para 28 e 29 de outubro.

No momento da redação, o ouro à vista caía 1,73%, a US$ 4.051,90 por onça.

Na terça-feira, o metal precioso recuou mais de 5%, registrando a maior queda diária desde 2020. A forte volatilidade ocorre após o ouro atingir recordes históricos no início da semana, em meio a tensões geopolíticas e expectativas de uma política monetária mais branda nos EUA.

5. Produção da Vale e balanço da WEG

No mercado local, os investidores vão repercutir o relatório de produção da Vale, que registrou no terceiro trimestre de 2025 sua maior produção de minério de ferro desde 2018, atingindo 94,4 milhões de toneladas, alta de 3,8% em relação ao ano anterior, graças ao desempenho recorde da mina S11D e pelo avanço de projetos estratégicos.

A companhia reafirmou a meta de produzir entre 325 e 335 milhões de toneladas no ano e destacou que suas operações de minério de ferro, cobre e níquel devem atingir o limite superior do guidance anual.

As vendas de minério cresceram 5,1%, com melhora nos preços e prêmios de finos, enquanto a produção de pelotas recuou 22,8%. Nos metais básicos, o cobre avançou 6%, para 90,8 mil toneladas, e o níquel manteve estabilidade, em 46,8 mil toneladas, com recorde na refinaria de Long Harbour.

No calendário de balanços, a Weg divulga hoje o balanço do terceiro trimestre de 2025, com expectativa de estabilidade na receita e no lucro por ação frente ao trimestre anterior e avanço moderado em relação a 2024, mas sob pressão nas margens.

O consenso de mercado projeta receita de R$ 10,31 bilhões e LPA de R$ 0,39 (lucro líquido de R$ 1,6 bilhão). Analistas apontam que tarifas de importação nos EUA e a valorização do real devem comprimir a rentabilidade, já que a companhia absorveu parte dos custos para preservar participação no mercado americano.

O foco dos investidores estará na capacidade da Weg de defender margens em um cenário externo desafiador. As ações acumulam queda de 25,7% em 12 meses, sendo negociadas a R$ 39,67, com preço-alvo médio de R$ 47,95 e preço-justo estimado de R$ 45,16 pelo InvestingPro.

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