Atenas, 20 jun (EFE).- O ministro de Estado encarregado da coordenação do trabalho governamental, Alekos Flaburaris, afirmou neste sábado que o governo participará da cúpula europeia marcada para a segunda-feira com o objetivo de fechar um acordo com as instituições credoras.
"A cúpula é positiva. É no contexto que buscávamos: levar a discussão ao nível mais alto. Pode não ter acordo, claro, mas não significará a quebra do país", disse Flaburaris em entrevista à emissora "Mega".
Flaburaris fez referência a uma nova proposta que estaria sendo preparada pelo governo e antecipou que na tarde de hoje pode haver uma conversa por telefone entre o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, como prévia do encontro europeu.
O ministro de Estado reiterou que o pacto entre a Grécia e as chamadas instituições credoras (CE, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) deve incluir necessariamente a reestruturação da dívida e a flexibilização fiscal.
Quanto a uma nova prorrogação do resgate, que significaria estender o atual programa até o final do ano, o ministro disse que esse "não seria um bom progresso".
Perguntado sobre o que fará o governo grego se as negociações não derem certo, Flaburaris indicou que Tsipras deveria consultar o povo através de um plebiscito.
Em relação às pensões e o imposto sobre o valor agregado (IVA), duas das questões centrais que mais desacordos geram entre as partes, Flaburaris destacou que o governo não aceitará uma redução dos vencimentos dos aposentados e manterá o índice do IVA sobre a conta de luz entre 11% e 13%.
Flaburaris reforçou sua confiança de que o acordo é possível, mas destacou que uma possível quebra da Grécia abalaria mais os europeus do que o próprio país, porque os gregos teriam aprendido a viver em condições difíceis.