LUXEMBURGO (Reuters) - A maior integração entre países da zona do euro não deve restringir o comércio no mercado único da União Europeia, concordaram neste sábado os ministros das Finanças dos países membros, resultado que foi visto como um apelo para a Grã-Bretanha, que se prepara para votar se ficará ou não no bloco.
Os ministros se encontraram neste sábado em Luxemburgo para formular o esboço de um relatório sobre como os 19 países que usam o euro devem se integrar nos próximos 10 anos. Ministros de nove países que não adotam a moeda apontaram suas preocupações sobre o futuro da zona.
"A chave é... uma restrição legislativa, e uma política, que todos concordem e que garanta que a integridade do mercado único do euro seja preservada", disse o ministro das Finanças de Luxemburgo, Pierre Gramegna, que presidiu a reunião.
Enquanto a zona do euro projeta maiores laços entre suas economias e serviços financeiros, a Grã-Bretanha quer assegurar que não fique de fora de futuras discussões, especialmente nas decisões que podem afetar a indústria financeira e os interesses britânicos.
"A discussão está aberta para encontrar se há prejuízos para os países que não são membros da zona do euro", completou Gramegna.
Os ministros concordaram em ser mais abertos sobre as decisões tomadas na zona do euro e as suas consequências para os países que não integram o bloco monetário. Eles também irão tentar limitar quaisquer consequências negativas para os países que não partilham o euro, disse Gramegna.
(Reportagem de Francesco Guarascio)
(Por Paula Arend Laier)