DUBAI (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a classificação de risco para as dívidas de Arábia Saudita, Omã e Bahrein neste sábado, conforme os baixos preços do petróleo continuam a minar as finanças dos governos na região.
A agência de risco reduziu a nota de emissões de longo prazo da Arábia Saudita em um degrau, para A1, mas deu ao reino uma perspectiva estável, dizendo que reformas econômicas anunciadas pelo governo no último mês podem estabilizar o orçamento do Estado.
No final de abril, o vice-príncipe herdeiro Mohammed bin Salman revelou planos para a maior mudança política na Arábia Saudita em décadas, que inclui aumentos de impostos, ganhos de eficiência e o objetivo de dar um maior papel ao setor privado do país.
"O governo tem ambições e planos compreensíveis para diversificar tanto a economia quanto seu balanço financeiro, que, mesmo que tenham um sucesso parcial, deverão estabilizar seu perfil de crédito e poderão, se alcançados os objetivos, oferecer um caminho de volta para uma melhor classificação ao longo do tempo", disse a Moody's.
A agência, no entanto, disse que ainda é incerto como a Arábia Saudita financiará um forte déficit orçamentário estimado em cerca de 9,5 por cento do PIB entre 2016 e 2020, o que poderá exigir 324 bilhões de dólares.
A Moody's rebaixou a nota do Omã em um degrau, para Baa1, com perspectiva estável, e cortou o rating do Bahrein também em um degrau, para Ba2, para próximo de níveis que apontam calote, com perspectiva negativa. Os dois países não possuem as largas reservas financeiras e de petróleo de seus ricos países vizinhos.
(Por Andrew Torchia)