😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Paraguai pede que Estados Unidos despreze dívida do tempo da ditadura

Publicado 24.01.2016, 15:48
© Reuters.  Paraguai pede que Estados Unidos despreze dívida do tempo da ditadura

Assunção, 24 jan (EFE).- O governo paraguaio pediu à Corte Federal dos Estados Unidos que despreze o processo contra si promovido por uma empresa seguradora italiana que reivindica uma dívida de US$ 85 milhões contraída durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989), informou neste domingo a Procuradoria Geral do Paraguai.

Trata-se do caso de Gustavo Gramont Berres, um sobrinho político de Stroessner que no anos 80 foi enviado à Suíça pelo ditador como "cônsul itinerante".

Gramont usou supostamente uma garantia falsificada feita por ele mesmo em nome do Estado e um resseguro outorgado pela italiana SACE (Sezione Speciale per l'Assicurazione do Credito all'Esportazione) com o qual recebeu empréstimos no valor de cerca de US$ 85 milhões para duas de suas empresas.

Os projetos de investimento planejados por Gramont, que consistiam em uma processadora de cítricos e uma fábrica de produtos farmacêuticos, ficaram no nada, assim como a amortização dos empréstimos.

Em 1993, nove bancos promoveram um processo contra o Paraguai para exigir o pagamento da dívida que Gramont tinha contraído, supostamente com o aval do governo.

O Tribunal Federal suíço condenou em maio de 2005 o Estado paraguaio e a firma SACE a pagar US$ 85 milhões a esses bancos.

A SACE chegou a um acordo com os bancos suíços, mas promoveu depois um processo internacional perante a Corte Federal americana contra o Paraguai pelo pagamento da dívida, segundo a Procuradoria Geral paraguaia.

O Paraguai rejeitou em diversas ocasiões o pagamento desta dívida que considera "ilegítima", e na quinta-feira apresentou perante o tribunal americano uma solicitação de desestimação do processo pela dívida.

O Paraguai argumenta que possui imunidade como nação frente a um processo apresentado nos Estados Unidos, e sustenta além disso que este país não tem jurisdição sobre o caso, dado que nem as partes e nem os fatos têm qualquer relação com seu território.

O tribunal deverá agora se pronunciar sobre a imunidade do Paraguai, enquanto a firma SACE disporá de um prazo de 60 dias para responder à argumentação apresentada pelo governo paraguaio.

Em setembro, o presidente do Paraguai, Horacio Cartes; o titular da Corte Suprema de Justiça, Antonio Fretes; o do Senado, Mario Abdo Benítez; e o da Câmara dos Deputados, Hugo Velázquez, acordaram em reunião conjunta a rejeição do Paraguai à dívida pelo caso Gramont.

No entanto, o anterior líder paraguaio, Federico Franco (2012-2013), tinha declarado em junho de 2012 que seu país pagaria a dívida como via para desbloquear suas reservas internacionais.

Franco lembrou então que o Paraguai tem quase US$ 5 bilhões de reservas internacionais em um banco da cidade suíça de Basileia, "onde não gera juros", dado que estão bloqueados para evitar um embargo pela dívida de Gramont.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.