Trump consegue tarifas; os norte-americanos recebem aumentos de preços
LONDRES (Reuters) - Os preços do açúcar atingiram o nível mais baixo em mais de três anos nesta segunda-feira com a notícia de que a Índia, o segundo maior produtor mundial do adoçante, permitirá a exportação 1 milhão de toneladas de açúcar na atual temporada, que vai até o final de setembro.
A Reuters informou no domingo que Nova Délhi estava preparada para permitir as exportações com o objetivo de apoiar as usinas de açúcar e sustentar os preços locais, que estão sob pressão nos últimos meses.
Embora já se especulasse sobre a liberação de exportações há semanas, a decisão surpreendeu alguns comerciantes, uma vez que a produção desta temporada deverá ficar abaixo do consumo pela primeira vez em oito anos.
"A notícia provavelmente manterá a pressão sobre os preços globais", disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING.
Os contratos futuros do açúcar branco na bolsa ICE, usados como referência global, atingiram 470,20 dólares por tonelada mais cedo, o valor mais baixo desde setembro de 2021.
Posteriormente, fecharam em queda de 0,9%, a 474,30 dólares, elevando as perdas do ano para mais de 5%.
Os futuros do açúcar bruto não foram negociados devido a um feriado nos EUA, mas na sexta-feira fecharam em queda de 1%, a 18,22 centavos de dólar por libra-peso.
A produção da Índia pode cair de 32 milhões de toneladas no ano passado para cerca de 27 milhões de toneladas, ficando abaixo do consumo anual de mais de 29 milhões de toneladas, de acordo com as principais tradings do país.
Nova Délhi não permitiu exportações na temporada anterior.
Os preços do açúcar também sofreram pressão devido à preocupação de que a Tailândia possa ter mais da commodity para vender por causa da suspensão das exportações de xarope para a China.
Em relação a outras soft commodities, o cacau em Londres fechou em alta de 0,6%, a 9.004 libras por tonelada, enquanto o café robusta subiu 2,7%, a 5.143 dólares por tonelada.
(Reportagem de Maytaal Angel)