TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, apresentou a seus colegas de partido um plano para adiar a elevação do imposto sobre vendas prevista para o ano que vem, e alguns deles demonstraram preocupações de que tal movimento seria um sinal de fracasso de suas políticas para tirar a economia da estagnação.
Abe reuniu-se com vários parlamentares para transmitir sua intenção de adiar o aumento do imposto, entre eles Masahiko Komura, vice-presidente do Partido Democrático Liberal.
A proposta significaria atraso de dois anos e meio em relação a abril de 2017, quando os aumentos foram programados para entrar em vigor.
Embora alguns dentro de seu partido tenham expressado reservas sobre o movimento, Abe não deverá enfrentar nenhuma grande oposição à proposta, já que executivos do partido devem apresentar uma frente unida antes da eleição na câmara alta.
"A determinação do premiê de adiar o aumento do imposto parece ser muito forte", disse Komura a repórteres após a reunião com Abe.
As declarações de Komura confirmam o que fontes disseram à Reuters no domingo, conforme Abe busca evitar lidar com um golpe à frágil recuperação econômica.