Por Steven Scheer
ROMA (Reuters) - O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, prometeu abolir no ano que vem uma muito odiada taxação sobre propriedades e fazer mais cortes de impostos no futuro, afirmando que seu plano para impulsionar o crescimento não prejudicaria as finanças públicas.
Falando em uma assembleia partidária nos arredores de Milão, Renzi disse que eliminará, a partir de 2016, um imposto sobre as residências principais dos cidadãos. Renzi não disse qual seria o custo da medida, mas estimativas anteriores colocavam a arrecadação com essa taxação na ordem de 4 bilhões de euros.
No mesmo discurso, divulgado no site oficial de seu partido, Renzi disse que cortará impostos corporativos a partir de 2017, assim como o imposto de renda e sobre pensões a partir de 2018.
"Meu compromisso diante de vocês é trabalhar por cinco anos para fazer cortes tributários sem precedentes na história desse país", afirmou Renzi. "E podemos fazer isso sem aumentar a dívida para nossas crianças."
Ignorando as críticas internas do Partido Democrata (PD) de que o premiê está arrastando o partido de centro-esquerda muito para a direita, as promessas de Renzi de retirar o imposto sobre propriedades reproduz uma aposta eleitoral feita pelo conservador Silvio Berlusconi em 2008.