Por Michael S. Derby
NOVA YORK (Reuters) - A presidente do Federal Reserve de San Francisco, Mary Daly, disse nesta terça-feira que, mesmo com o corte da taxa de juros no mês passado, a política monetária do banco central dos Estados Unidos ainda está atuando para reduzir as pressões inflacionárias.
O corte de 50 pontos-base em setembro foi na "dimensão correta" da postura da política monetária, "reconhecendo o progresso que fizemos e afrouxando um pouco as rédeas da política, mas sem soltá-las", disse Daly no texto de um discurso preparado para um evento na Universidade de Nova York.
Daly observou que "mesmo com esse ajuste, a política monetária continua restritiva, exercendo pressão adicional de baixa sobre a inflação para garantir que ela chegue a 2%."
Embora Daly não tenha dito o que deseja ver na política monetária daqui para frente, ela disse que o Fed "deve permanecer vigilante e ser intencional", trabalhando para manter a inflação dentro da meta em meio a um mercado de trabalho definido pelo pleno emprego.
No mês passado, o Fed reduziu sua taxa de juros para a faixa de 4,75% e 5%, reconhecendo a diminuição das pressões inflacionárias e o aumento dos riscos para o mercado de trabalho, e previu mais 50 pontos-base de cortes acumulados até o final do ano.
Porém, dados fortes de emprego de setembro mostraram mais vigor no mercado de trabalho do que a maioria esperava, o que, por sua vez, colocou em dúvida o ritmo e o tamanho dos futuros cortes de juros.
Em seus comentários, Daly disse que "a economia está claramente em uma situação melhor", com as pressões inflacionárias bastante reduzidas, enquanto o mercado de trabalho está agora em um caminho mais sustentável. Ela acrescentou que "os riscos para nossas metas estão agora equilibrados."
Ela disse que a atual taxa de desemprego de 4,1% está em torno da média de longo prazo e que as condições do mercado de trabalho estão agora próximas de onde estavam antes do início da pandemia. Daly também afirmou que o mercado de trabalho "não é mais uma fonte importante de pressões inflacionárias."