LIMA (Reuters) - O primeiro-ministro do Peru, Gustavo Adrianzen, expressou nesta segunda-feira confiança de que o aumento dos investimentos chineses no país, destacado pela próxima visita da presidente Dina Boluarte à China, não provocará ressentimento dos Estados Unidos. A visita de Boluarte, prevista para o final de junho, inclui reuniões com o presidente chinês, Xi Jinping, e representantes de grandes corporações chinesas, incluindo Huawei e BYD (SZ:002594).
O primeiro-ministro enfatizou que o fortalecimento dos laços econômicos do Peru com a China deve ser visto como uma oportunidade para os países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, também aumentarem seus investimentos no Peru. Ele mencionou que a visita visa convidar mais capitais ocidentais para o país.
Durante sua visita a Pequim, a presidente Boluarte deve se reunir com executivos da Cosco Shipping Ports, empresa que lidera a construção do megaporto de Chancay, um projeto de US$ 3,5 bilhões que deve servir como um importante hub entre a Ásia e a América do Sul. O presidente Xi deve participar da inauguração do porto em novembro, coincidindo com a cúpula de líderes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) no Peru.
Adrianzen também revisitou uma proposta de uma década para uma ferrovia transcontinental, a "Ferrovia Bioceânica", que ligaria a costa do Peru ao Brasil, passando pela Bolívia. Este projeto visa facilitar as exportações de Chancay, potencialmente reduzindo os tempos de embarque de commodities brasileiras, como soja e carne, que atualmente transitam pelo Canal do Panamá. Embora a ferrovia possa não ser realizada no curto prazo, é considerada uma possibilidade de médio a longo prazo à medida que o porto de Chancay se desenvolve.
Bolívia e Paraguai também demonstraram interesse em usar o porto de Chancay para suas exportações. Em setembro, o presidente paraguaio, Santiago Pena, discutiu com o presidente Boluarte a perspectiva de exportações paraguaias para a Ásia utilizando o porto.
A China é o maior parceiro comercial do Peru, respondendo por mais de um terço dos US$ 65 bilhões em exportações do Peru no ano passado. O crescente investimento chinês na América Latina tem sido acompanhado de perto pelas nações ocidentais, à medida que projetos como o porto de Chancay se tornam pontos focais no cenário econômico da região.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.