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(Reuters) - A taxa de juros brasileira está restritiva demais, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acrescentando que Banco Central do Brasil é hoje o mais duro do mundo.
Em entrevista à GloboNews, Haddad afirmou que a inflação já está próxima da banda superior da meta -- 4,5% -- , e ainda assim o juro real está em cerca de 10%.
"É duro mesmo, não é pouco o que está sendo feito", afirmou. "Penso que a taxa de juros está restritiva demais."
O ministro afirmou que opinar sobre o BC não é um desrespeito à institucionalidade e ponderou que é difícil julgar a gestão do presidente Gabriel Galípolo considerando que ele está a menos de um ano à frente da autarquia e que herdou problemas da gestão anterior para administrar, incluindo regulatórios.
LULA E TRUMP
Haddad disse que o telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo norte-americano, Donald Trump, no início deste mês teve um tom amistoso e que acredita ser possível esperar desdobramentos positivos de um encontro entre ambos.
"Se a conversa telefônica se desdobrar em um encontro presencial de mesmo nível, se não houver nenhum retrocesso no tom, no grau amistoso que se conversou, eu penso que nós vamos poder esperar boas notícias", disse.
Contudo, ele reconheceu que é difícil antecipar se as tarifas dos Estados Unidos impostas a produtos brasileiros no início de agosto serão revertidas.
O encontro presencial entre os dois presidentes ainda não tem data marcada, mas o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou na semana passada que a reunião deve ocorrer em breve, possivelmente na cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, no fim de semana.
(Reportagem de Eduardo Simões, reportagem adicional de Victor Borges)