Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) - Os futuros de soja e milho de Chicago fecharam em queda nesta terça-feira, à medida que o rápido avanço da colheita nos Estados Unidos e as previsões de chuva em regiões agrícolas afetadas pela seca no Brasil aumentaram as expectativas de abundância na oferta global, disseram os operadores.
O trigo encerrou em alta, apoiado pelo clima excessivamente seco em áreas importantes de cultivo de trigo, contrapondo-se à recente valorização do dólar. Um dólar mais forte geralmente torna as exportações dos EUA menos competitivas.
"Para onde quer que se olhe, a condição para o plantio não é ideal", disse Jim Gerlach, presidente da A/C Trading, referindo-se à seca nas Planícies dos EUA e na Rússia.
No entanto, o progresso constante do plantio nos Estados Unidos, onde os agricultores já semearam 51% do seu trigo de inverno até domingo, amenizou as preocupações com o clima seco.
O contrato de soja mais ativo na bolsa de Chicago (CBOT) caiu 17,75 centavos de dólar, a 10,1625 dólares por bushel, atingindo seu ponto mais baixo em duas semanas.
O contrato de milho na CBOT caiu 5,25 centavos de dólar, a 4,2075 dólares o bushel, tocando uma mínima desde 30 de setembro, enquanto o contrato de trigo na CBOT subiu 2,25 centavos de dólar, a 5,9475 dólares o bushel.
A previsão de chuva em partes do Brasil foi vista como um fator positivo para o plantio antecipado, que havia sido atrasado devido às condições excessivamente secas do solo.
O plantio de soja no Brasil para a safra 2024/25 atingiu 4,5% da área total esperada até a última quinta-feira, informou a consultoria AgRural na segunda-feira, acima dos 2% da semana anterior, mas ainda bem abaixo dos 10% do ano passado.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)