(Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou nesta sexta-feira a soltura do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, preso por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção envolvendo a Petrobras (SA:PETR4), de acordo com despacho da Justiça Federal do Paraná.
Alexandrino Alencar foi indiciado por suspeita de irregularidades em contratos para obras da estatal junto a outros executivos da empreiteira, entre eles o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que permanece preso em instalação da Polícia Federal em Curitiba.
Na decisão para revogar a prisão cautelar do executivo, Zavascki determinou que Alexandrino Alencar compareça mensalmente em juízo para informar e justificar atividades e fique proibido de mudar de endereço sem autorização ou deixar o país. Além disso, ele fica proibido de manter contato com demais investigados, por qualquer meio.
O juiz federal do Paraná Sergio Moro, responsável pelas ações decorrentes da Lava Jato em primeira instância, determinou a soltura do empresário em cumprimento à decisão do ministro do STF.
Entre as irregularidades que teriam sido cometidas pelos executivos da Odebrecht, a Polícia Federal citou em relatório enviado à Justiça ao apresentar o indiciamento, em julho, o suposto pagamento de propinas e a participação da empreiteira em cartel para obter contratos de obras da Petrobras.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)