Atenas, 4 jun (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, reiterou nesta quinta-feira que a Grécia não vai aceitar "propostas extremas" para conseguir um acordo com as instituições, depois dos sacrifícios que os cidadãos tiveram que fazer estes anos.
"Todos temos que entender que o povo grego sofreu muito nos últimos cinco anos, e alguns têm que deixar de jogar suas costas", afirmou Tsipras.
Fontes do Executivo assinalaram que o primeiro-ministro fez estas declarações durante o encontro que teve hoje com o vice-primeiro-ministro, Yanis Dragasakis; o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis; e o coordenador da equipe negociadora, Euclidis Tsakalotos, para analisar os resultados da reunião realizada ontem à noite em Bruxelas.
Após este encontro com o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, e o chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, Tsipras se mostrou otimista que nos próximos dias possa se fechar um acordo, embora tenha assinalado que algumas das propostas das instituições (CE, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) não eram aceitáveis.
"Acho que nos próximos dias estaremos mais perto de um acordo. Acho que em qualquer caso o acordo está à vista, mas precisamos concluir as discussões a partir de um ponto de vista realista", disse Tsipras, que insistiu que o pacto deve ser baseado nos planos apresentados por seu governo.
O primeiro-ministro informará amanhã ao Parlamento sobre o andamento das conversas com os credores, no mesmo dia em que o país deve devolver ao Fundo Monetário Internacional uma parcela do empréstimo no valor de 305 milhões de euros.