Bruxelas, 13 jul (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou nesta segunda-feira que seu governo travou uma "batalha difícil" durante seis meses e "lutou até o final para um acordo que permitirá ao país se recuperar".
"Enfrentamos dilemas difíceis e tivemos que fazer concessões difíceis para evitar a aplicação dos planos de alguns círculos ultraconservadores europeus", disse Tsipras ao término do Conselho Europeu, na qual foi acertado iniciar negociações para um terceiro resgate.
Tsipras defendeu o acordo, assegurou que permitirá salvaguardar a "estabilidade financeira" e manifestou sua esperança de que algumas das medidas pactuadas, como o pacote de investimentos, a renegociação da dívida, ou o ponto final para o debate sobre a saída do euro, ajudem a acalmar os investidores e a resistir às medidas recessivas que o programa inclui.
"Acho que o povo reconhece o combate difícil que tivemos e que nesta ocasião o peso das medidas será melhor dividido entre a sociedade", acrescentou o líder esquerdista em sua saída da cúpula de líderes da zona do euro que durou 17 horas.
"Conseguimos ganhar a reestruturação da dívida e um financiamento seguro a médio prazo", ressaltou, em alusão à menção a uma possível melhoria das condições de pagamento que inclui o programa e o desembolso que incluirá o resgate.
Apesar de todas as concessões que o governo esquerdista teve que fazer em relação a suas aspirações iniciais e ter-se comprometido a aceitar novamente uma tutela das instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional), Tsipras prometeu que "vai continuar lutando para restabelecer a soberania nacional".
"Agora é preciso lutar contra a oligarquia que levou o país até aqui", concluiu.
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