SÃO PAULO (Reuters) - Os lançamentos e vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo no acumulado de 2015 até novembro atingiram o patamar mais baixo desde 2004, apesar de mostrarem um desempenho positivo na comparação mensal, informou o Secovi-SP, sindicato da habitação, nesta quarta-feira.
No penúltimo mês de 2015, foram vendidas 2.473 imóveis residenciais, queda 17,2 por cento em relação a novembro de 2014, mas avanço de 122,4 por cento sobre outubro, disse a entidade. Assim, no acumulado do ano as vendas têm recuo de 5,7 por cento sobre o mesmo período de 2014.
O valor geral de vendas (VGV) de novembro foi de 1,3 bilhão de reais no período, 23,1 por cento abaixo do mesmo período de 2014 e avanço de 107,2 por cento na comparação com outubro.
As vendas em novembro tiveram o segundo melhor desempenho de 2015, atrás apenas de junho - quando a base de comparação em 2014 teve a Copa do Mundo no Brasil como referência.
Além disso, novembro foi o mês com mais lançamentos no ano, a 3.446 unidades, disse o Secovi, citando dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Mas na comparação com 2014, os dados mostram queda de 47,5 por cento. Na relação mês a mês, o volume foi 94,8 por cento maior.
Entre janeiro e novembro, a redução dos lançamentos foi de 35 por cento.
"A quantidade de unidades lançadas se aproximou da quantidade de vendas, trazendo equilíbrio para o volume de oferta", disse em nota o vice-presidente de incororação e terrenos urbanos do Secovi-SP, Emílio Kallas.
O estoque na capital paulista era de 27.199 imóveis em novembro, volume próximo da média anual de oferta, de 27 mil unidades, disse o Secovi.
Os 38 municípios da região metropolitana de São Paulo seguiram a tendência da capital em novembro, com queda de 54,3 por cento nas vendas sobre 2014 e aumento de 110,9 por cento ante o mês anterior. Entre janeiro e novembro, o recuo é de 34,9 por cento. Já os lançamentos caíram 64,9 por cento ano a ano e subiram 205 por cento em relação a outubro.
O Secovi disse que os lançamentos maiores no final do ano mostram que as empresas tentaram aproveitar o período de pagamento do décimo terceiro salário, além da necessidade de alcançarem metas. Tradicionalmente, novembro apresenta bons resultados na comparação mensal, tendência que se repetiu em 2015.
(Por Juliana Schincariol)