Por Jan Strupczewski
LIMA (Reuters) - Os governos da zona do euro, maiores credores da Grécia, concordam que o alívio da dívida para Atenas deve ser alcançado com a limitação do custo do serviço da dívida a 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, disse nesta quinta-feira o presidente do grupo de ministros das Finanças da zona do euro, Jeroen Dijsselbloem.
Mas as discussões sobre se o alívio deve ser dado de antemão, ao longo do tempo conforme algumas condições sejam cumpridas, ou das duas formas, só devem começar mais para frente neste ano, após a Grécia passar de forma bem sucedida pela primeira avaliação dos credores das reformas em troca do resgate, disse ele.
"Existe um amplo entendimento sobre o método que deveríamos escolher, que é olhar para as necessidades de financiamento anual para a dívida soberana", Dijsselbloem disse à Reuters em uma entrevista.
"Em segundo lugar, parece haver um entendimento amplo que um bom padrão seria ter o limite em no máximo 15 por cento do PIB", disse ele.
"E em terceiro lugar, e estamos trabalhando nisso com a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional, seria ter um entendimento comum sobre cenários: quais são as expectativas realistas em um cenário normal ou em um cenário adverso em termos de crescimento e inflação, etc?", disse.
Atenas, e, inicialmente, também o FMI, tem pressionado por um corte no valor nominal da dívida soberana da Grécia, que deve chegar a 180 por cento do PIB este ano, de acordo com as previsões da Comissão.
Mas os governos da zona do euro argumentam que o que importa mais do que o valor nominal da dívida é o quanto isso pesa na economia através de custos anuais do serviço da dívida.
Depois de dois resgates desde 2010, dois terços da dívida grega estão nas mãos de governos da zona do euro que concederam empréstimos a Atenas com vencimento médio de 31-32 anos e uma taxa de juros de cerca de 1 por cento, taxa mais favorável do que o pago por Itália.