NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do cacau na ICE atingiram novas máximas em seis anos e meio nesta sexta-feira, com os investidores focados nas preocupações com a oferta apertada na África Ocidental, enquanto os futuros do café robusta se consolidaram após atingir máximas de 12 anos na quinta-feira.
CACAU
* O contrato julho negociado em Nova York caiu 17 dólares, ou 0,6%, para 2.986 dólares a tonelada, tendo atingido a máxima de 3.049 dólares em 6 anos e meio.
* As chegadas do produto da Costa do Marfim, maior produtor, estão perdendo o ritmo e um déficit global é amplamente esperado na atual temporada 2022/23, mesmo que a demanda caia cerca de 1%, disse a empresa de pesquisa BMI em nota.
* Os comerciantes observaram, no entanto, que a produção atual da safra intermediária começou recentemente a ganhar ritmo devido aos grãos abundantes e bem desenvolvidos na Costa do Marfim. Enquanto isso, a alta umidade do solo tem compensado as chuvas abaixo da média, disseram eles.
* Em Londres, a commodity subiu 12 libras, ou 0,5%, para 2.268 libras por tonelada, tendo atingido uma máxima de 2.300 em 6 anos e meio.
CAFÉ
* O café robusta julho fechou em alta de 39 dólares, ou 1,6%, a 2.432 dólares a tonelada, tendo recuado 3,5% na quinta-feira, após atingir um pico de 12 anos de 2.500 dólares.
* O robusta foi impulsionado pelo esgotamento da oferta no Vietnã e na Indonésia, o maior e o terceiro maior produtor de robusta do mundo, respectivamente.
* O café arábica caiu 0,15 centavos, ou 0,1%, a 1,8285 dólar por libra.
* A safra brasileira segue em ritmo mais lento do que o normal, disse a consultoria Safras & Mercado.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto subiu 0,2 centavo, ou 0,8%, a 26,22 centavos de dólar por libra-peso. O branco subiu 1%, para 712,30 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)