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Comissão do Senado aprova taxa na exportação de petróleo para subsidiar combustíveis

Publicado 07.12.2021, 11:18
Atualizado 07.12.2021, 16:30
© Reuters.  REUTERS/Paulo Whitaker

Por Marta Nogueira e Maria Carolina Marcello

RIO DE JANEIRO/BRASÍLIA (Reuters) -A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira projeto que visa dar instrumentos para limitar a oscilação dos preços de combustíveis aos consumidores brasileiros, estabelecendo um sistema que terá como fonte de recursos um imposto de exportação de petróleo, entre outros mecanismos.

O projeto, criticado por petroleiras e especialistas, que alertam para possível retração de investimentos com o aumento da carga tributária pela criação do imposto e pela interferência no mercado, ainda precisa passar pelo plenário do Senado e ser aprovado posteriormente na Câmara.

O texto do substitutivo ao projeto de lei 1.472/2021 que visa instituir política para limitar variações de preços de combustíveis ocorre enquanto cresce no Brasil pressão, especialmente sobre a Petrobras (SA:PETR4), para um controle dos valores de diesel e gasolina, diante de forte avanço nos valores internacionais com impactos ao consumidor.

Mas a princípio, exceto pela cobrança do imposto de exportação, os agentes do mercado de petróleo e combustíveis não seriam afetados, defendeu o relator da proposta, o senador Jean Paul Prates (PT-RN).

"O Estado brasileiro vai basicamente bancar que esse cara fique seguro ao receber o que é o preço de mercado dele, e do lado de cá o consumidor receba um preço mais arrefecido, mais comportado", disse Prates a jornalistas, após a aprovação da proposta na CAE.

"Essa conta no meio precisa ser alimentada por algumas fontes estatais... Esse cara aqui que é o refinador, importador, vai receber a mesma coisa, não vai ficar alterado em nada; exploração e produção praticamente a mesma coisa também, e o consumidor final... vai ficar também imune a grandes oscilações e àquelas corridas para cima de preços como a gente teve agora", explicou.

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Segundo Prates, o país não pode mais conviver com essa situação de preços em alta dos combustíveis. "Não é a solução ideal, mas a possível diante dos impasses que temos hoje", acrescentou ele durante audiência, ao defender sua proposta.

O projeto estabelece em seu segundo artigo alíquotas mínimas e máximas para um imposto de exportação de petróleo e dispõe sobre diretrizes para os preços de derivados da commodity comercializados no país.

Conforme o texto, o Poder Executivo regulamentará a utilização de bandas móveis de preços de combustíveis com a finalidade de estabelecer limites para variação de valores dos derivados de petróleo, definindo a frequência de reajustes e os mecanismos de compensação.

A ideia é que esse sistema de bandas trabalhe como uma ferramenta de estabilização de preços, custeado pela criação de imposto de exportação sobre o petróleo bruto.

Além disso, outras fontes de recursos poderão ser utilizadas pelo governo, como dividendos da Petrobras devidos à União, participações governamentais destinadas à União e resultado positivo apurado no balanço semestral do Banco Central do Brasil da gestão das reservas cambiais.

Segundo o relator, a ideia é que quando os preços estiverem baixos, os recursos correspondentes à diferença entre o preço de mercado e o limite inferior da banda sejam acumulados. Na situação contrária, quando os preços ficarem acima do limite superior da banda, os recursos sejam utilizados de forma a manter os preços dentro da banda.

REFLEXOS NA INDÚSTRIA

A aprovação do projeto na comissão traz incertezas para a indústria de exploração e produção de petróleo no Brasil, que já contribui com até 70% da sua receita bruta para os entes governamentais em forma de royalties, participação especial, óleo lucro, aquisição de área, dentre outros, segundo o IBP, que representa as petroleiras no país.

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"Projetos existentes ficam comprometidos", disse a secretária-executiva de Dowstream do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Valéria Lima, destacando que o país está às vésperas do importante leilão de excedentes da cessão onerosa marcado para este mês.

Segundo ela, a incidência de mais um imposto pode minar a comercialidade de projetos no país e tirar sua competitividade ante outros no exterior, em momento em que o mundo já caminha para transição energética, buscando deixar o uso de combustíveis fósseis futuramente.

Ela ressaltou ainda que um novo imposto atrapalharia iniciativas do governo para estimular o desenvolvimento de campos maduros no país e, no fim, poderia reduzir arrecadações.

Conforme o texto, a alíquota do imposto de exportação incidente sobre o petróleo bruto ficará em zero para o valor do petróleo bruto até 45 dólares o barril; no mínimo 2,5% e no máximo 7,5% aplicados apenas sobre a parcela do valor do petróleo acima de 45 dólares o barril e abaixo ou igual a 85 dólares o barril.

A alíquota mínima subiria para 7,5%, avançando até 12,5%aplicados apenas sobre a parcela do valor do petróleo acima de 85 dólares por barril e abaixo ou igual a 100 dólares por barril.

A taxa será de no mínimo 12,5% e no máximo 20% para o petróleo acima de 100 dólares por barril.

O projeto prevê que o valor do petróleo, base para incidência do Imposto de Exportação, deverá ser o mesmo utilizado pela reguladora ANP para cálculo dos royalties.

"Na verdade, o que estamos criando é um subsídio aos combustíveis fósseis no Brasil, porque vamos ter preços abaixo do mercado internacional", disse o professor do Instituto de Energia PUC-Rio Edmar de Almeida.

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"Subsídio esse que será financiado com recursos dos produtores de petróleo", afirmou, pontuando ainda que ao subsidiar a gasolina, o governo também limitará os preços do etanol hidratado, concorrente direto nas bombas, podendo causar impactos aos produtores do biocombustível.

O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) foi na mesma linha, apontando que a criação do imposto "gera insegurança jurídica muito grande" e poderá trazer desestimulo a investimentos na exploração e produção de petróleo no país.

"Imagina quem fez investimento em leilão, e não havia esse imposto. Isso agora terá que entrar na conta."

Já o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, definiu a aprovação como "um avanço".

Segundo ele "não é mais possível conviver com essa situação de alta galopante nos preços dos combustíveis e disparada da inflação provocada pela inércia do governo federal".

"É possível reduzir o que o brasileiro paga hoje nas bombas de gasolina, diesel, e no gás de cozinha."

(Com reportagem adicional de Roberto Samora, Gabriel Araujo e Peter Frontini)

Últimos comentários

Vcs lembram da cpmf? Era pra saúde. Já sabem o fim.
Outras 3 coisas podiam ser feitas: 1) redução do % de etanol na composição da gasolina, o etanol disponível concorrerá com a gasolina. 2) religar as refinarias que estão paradaspara aumentar disponibilidade de refinados internamente. 3) aumentar a extração do subsolo. Não entendo quando o PG diz que a vocação da PETR é exploração para servir de argumento à venda de subsidiárias, Transpetro, refinarias e tal. Mas então, se é essa a vocação, por quê não melhorar a performance?
Mais uma vez Bolsonaro se perde e não faz nada para baixar o preços dos combustíveis. Só fala em privatizar a Petrobrás e entregar a geologia marinha para os estrangeiros. Parabéns ao Senado brasileiro.
isso foi um tiro no pé do povo, quem acha que vai baixar o preço tanto assim tá muito enganado, existe uma coisa chamada lei de oferta e procura, caso os petroleiros quiser diminuir a produção para baixar custos e limitar a oferta de petróleo como vai ficar ? explica aí governo a tá eu explico o preço sobe porque o produto estará escasso, baixar verbas parlamentares para subsidiar o preço do combustível nada né, populismo inútil, quem comemora agora se prepare para o arrombo econômico a partir de 2023
Retrocesso total. Classe politiva e deprimente
nunca seremos levados à sério pelo mundo que injeta dinheiro, como é difícil!!!! Populismo do cacete!!!
Para aqueles que querem incentivar a exportação lembro que só temos petróleo para mais 10 a 20 anos no atual ritmo de produção. Não precisam acreditar em mim. Os dados estão na ANP para quem quiser ver. Parece muito mas é muito pouco para uma commoditie tão importante e não renovável. Alguns países a tem para 300 anos. Estava passando da hora de criar este imposto.
bozo articulando pelos esgotos e sub mundos para se reelegerjá levou invertida da petro ontem quando defecou pela boca dizendo que os preços iam cair essa semana
o relator é do PT, não viu não?
Parabéns a CAE que contou com votos da base do Governo. Resta saber se vai ser aprovado no plenário que deve ter apoio de novo do Governo e Aliados
So podia ser do PT
Guedes se ralou,. nao quer baixar o preço da gasolina, entao, vai exportar menos, mas vai vender mais para mercado interno e baixar os preços...
kkkk como ele vai baixar me explique
E que tal zerar impostos até a economia se restabelecer???? Em nenhum lugar do mundo existe imposto de até mais de 30% em cima de produtos e serviços. Zerando todos os impostos (cerca de 30% ICMS + cerca de 10% federal) a gasolina cairia para próximo dos R$ 4 reais na bombas.
As refinarias não compram petróleo da Petrobrás, não precisam pagar, a Petrobrás lucra com a exportação, 80 dólares o barril. 200% de lucro.
se tirar todos os impostos e cobrar a preço nacional a gasolina pode sim se vendida a 2 reais.
As refinarias precisam de outros petróleos na mistura para processar QAV-1, o pré-sal não refina tanto querosene de aviação.
Só podia vir do PT uma idéia dessas!!! Mais controle, mais intervenção do Estado e mais imposto!!!
idéia de girico... é o encanador usando panos e dizendo que está consertando vazamento...
no ICMS ninguém mexe certo !?
Na era da simplificação de tributos, da necessidade de reduzir tributos, o partido dos orelhudos apresenta um substitutivo populista recheado com novos tributos, efeitos em cascatas e tremendamente prejudicial ao desenvolvimento dos negócios internacionais, em todos os segmentos da economia,  face a grandeza do intervencionismo do legislativo. E pasmem, o Conselho de Assuntos Econômicos do senado, CAE, da segmento a votação em plenário desta proposta, uma verdadeira coisa, uma engenhoca que vai fritar investimentos, geração de empregos e atração de capitais. Neste inadequado projeto, absurdo mesmo, o PT mostra bem sua cara a sociedade.
Dolar alto é bom para o Brasil!!! Parabéns Jegues, meta atingida. Agora, dobramos a meta!!!!! Jegues é Jenio, o foco esta na offshore da politicalha, na roubalheira e na reeleiçào... A economia, deixa para depois. Enquanto isso o povo paga a conta de  uma das maiores taxas de INFLAÇÀO DO MUNDO
esses políticos do pt não gostam de estatal que dá lucro,deixem de serem hipócritas.
De privatização a populismo. entra governo sai governo nada muda.
Para aqueles que querem incentivar a exportação lembro que só temos petróleo para mais 10 a 20 anos no atual ritmo de produção. Não precisam acreditar em mim. Os dados estão na ANP para quem quiser ver.Parece muito mas é muito pouco para uma commoditie tão importante e não renovável. Estava passando da hora de criar este imposto.
vc é tão bobinho. A previsão era o petróleo acabar a 30anos atrás. P sua informação todos os dias se descobre uma nova jaziga de petróleo
De privatização a populismo. entra governo sai governo nada muda.
Arre que apareceu alguém de bom senso !! Isso já devia ter sido criado desde que se descobriu o pré-sal !! Com a desonestidade dos governos dos últimos 25 anos entregaram quase tudo para empresas estrangeiras tanto com comercialização quanto com exploração !!!
Só podia ser petista, quebrar as empresas...o problema está nos impostos, diminua ou zere..esse é o caminho.
caramba, você deve se sentir um cara muito inteligente. isso é bom (para sua autoestima, é lógico)
Mais regulamentação e mais impostos como sempre. E o país só ficando pra trás.
Mais regulamentação e mais impostos como sempre. E o país só ficando pra trás.
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