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Campos Neto prevê melhora em risco fiscal e destaca "desinflação acentuada" no Brasil

Publicado 27.09.2023, 10:54
© Reuters. Moedas de 1 real
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) - O governo tem lidado com o problema fiscal e a tendência é que esse risco melhore "bastante" à frente, disse nesta quarta-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apontando uma "desinflação acentuada" no Brasil, ainda que o trabalho para segurar a alta de preços não esteja "100% feito" e o cenário ainda demande uma política contracionista.

Em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, Campos Neto afirmou ser importante persistir no ajuste das contas públicas, enfatizando que esse movimento é “alinhado” ao que tem afirmado o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"O governo tem endereçado esse tema, o Congresso tem medidas que serão aprovadas e que vão ajudar. Então, eu acho que a tendência é esse fator de risco melhorar bastante", disse.

Para Campos Neto, mesmo que as metas fiscais estabelecidas no arcabouço fiscal não sejam cumpridas “exatamente”, os agentes de mercado vão observar o esforço feito nesse sentido.

Em seu comunicado mais recente, o Comitê de Política Monetária (Copom) defendeu que as metas fiscais sejam perseguidas, considerando a importância de buscar esses alvos para ancorar as expectativas de inflação.

Na apresentação, o presidente do BC repetiu mensagem passada nos comunicados da autarquia ao afirmar que o processo de desinflação no Brasil está em curso, mas ainda requer uma política monetária contracionista. Em seguida, apresentou uma série de dados positivos.

"Podemos ver o Brasil com uma desinflação acentuada", afirmou, ressaltando que indicador recente de inflação teve a maior parte de sua alta relacionada ao reajuste da gasolina, medida que ele considerou correta.

Campos Neto disse ainda que os núcleos de inflação seguem em queda no país e as expectativas para os preços estão ancoradas para os próximos anos, apesar de as projeções ainda não estarem no centro da meta -- que é de 3,25% para 2023 e de 3,0% para os três anos seguintes, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O presidente do BC avaliou que, nesse sentido, a decisão do governo de ter mantido a meta de inflação em 3% para 2026 foi acertada, e ajudou a autarquia a iniciar o processo de corte de juros.

"Hoje é reconhecido que a gente tem de fato a inflação voltando para meta, não está ainda com trabalho 100% feito, mas com um custo baixo", disse.

Os comentários vieram depois de o BC ter cortado a Selic duas vezes em 0,50 ponto percentual nos últimos meses, com sinalização de mais reduções da mesma magnitude até o final do ano. A taxa básica de juros está em 12,75% atualmente.

Campos Neto afirmou ainda que o juro real no Brasil é alto, mas tem baixado e há perspectiva de que seja menor.

© Reuters. Moedas de 1 real
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

Questionado por parlamentares sobre a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do BC disse que nunca ajudou o ex-mandatário em questões eleitorais. Ele ainda afirmou ser importante conversar com presidentes da República, ressaltando que terá encontro com Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira.

"O Banco Central não é oposição, não é partido, é um órgão técnico, a gente quer trabalhar para melhorar a situação do Brasil", disse.

(Reportagem adicional de Luana Maria Benedito)

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