PEQUIM (Reuters) - A Comissão Nacional de Saúde da China emitiu nesta quinta-feira orientações para o controle do coronavírus por empresas processadoras de carnes, incluindo a exigência de que produtos importados estejam livres do vírus antes do processamento em fábricas chinesas.
A divulgação das diretrizes ocorre após uma série de surtos de coronavírus em unidades de processamento na Europa e Américas, que levou a China a proibir importações provenientes de diversos frigoríficos de vários países.
Segundo comunicado da comissão de saúde, carnes importadas precisarão ter certificados de que passaram por testes de ácido nucleico para o coronavírus, além de outros documentos, certificados e registros de inspeções, antes que plantas chinesas possam processá-las.
O órgão disse ainda que as empresas de processamento de carnes devem manter um acompanhamento das fontes dos produtos, estabelecendo um mecanismo completo de rastreamento.
"Os locais de trabalho, incluindo as unidades de abate, corte, armazenamento e empacotamento, em geral são ambientes fechados e densamente ocupados, com baixas temperaturas, onde o risco de propagação do vírus é bastante alto", disse a autoridade sanitária em um segundo comunicado publicado em seu website.
A comissão pediu que as processadoras realizem limpezas e esterilização de todas as unidades regularmente, incluindo as áreas de criação de animais, abate, empacotamento e refrigeração.
Para que sejam abatidos, os animais deverão vir de áreas sem registros de epidemia, disse o comunicado, embora não tenha especificado as regiões.
Ainda segundo a nota da entidade, processadoras localizadas em áreas de alto e médio risco terão de coletar cinco amostras do ambiente para testes de ácido nucleico, enquanto as localizadas em áreas de baixo risco deverão realizar os testes semanalmente.
(Reportagem de Hallie Gu e Tom Daly)