MILÃO, Itália (Reuters) - O presidente da Telecom Italia, Pietro Labriola, disse que o negócio de serviços da empresa "já é sustentável" como uma entidade independente e a expectativa é que gere forte lucro este ano.
Labriola afirmou nesta quinta-feira que a empresa, que controla a TIM (BVMF:TIMS3) no Brasil, tem um futuro viável caso consiga concluir a venda de sua rede fixa doméstica, seu ativo mais valioso.
Os esforços para um acordo de venda foram frustrados até agora por questões de preço, com o principal investidor da Telecom Italia, Vivendi (EPA:VIV), querendo um valor mais elevado pelo ativo e também colocando em causa a sustentabilidade do restante da empresa.
O grupo francês está buscando uma avaliação de 31 bilhões de euros para apoiar uma venda da rede, cerca de 10 bilhões de euros acima do nível de ofertas não vinculantes que a Telecom Italia recebeu.
Labriola reiterou nesta quinta-feira que a venda da rede continua sendo a principal opção para lidar com a dívida do grupo.
Falando a analistas, Labriola disse que a divisão de serviços da empresa, que inclui operações domésticas voltadas a empresas e consumidores e a TIM "já é sustentável" como uma entidade separada.
Labriola disse que o braço de serviços vai gerar um "lucro proforma significativamente acima de 3 bilhões de euros em 2023".
Sob pressão há anos em território doméstico, a Telecom Italia reportou na quarta-feira aumento anual de 3,8% no resultado operacional do trimestre passado, auxiliada pelo desempenho da TIM. Na Itália, porém, o resultado caiu ainda mais e a dívida aumentou.
Labriola disse que a companhia está "totalmente no caminho certo" para cumprir metas financeiras para o ano, incluindo um "ligeiro crescimento potencial" do resultado na Itália.
Na semana passada, a Telecom Italia estabeleceu prazo final de 9 de junho para que KKR e um consórcio formado pelo banco estatal italiano CDP e pelo australiano Macquarie melhorarem suas ofertas pela empresa.
(Por Elvira Pollina)