👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Governo estuda auxílio de R$200 e presidente do Senado evita condicionar gasto a medidas de ajuste

Publicado 08.02.2021, 19:37
Atualizado 08.02.2021, 20:00
© Reuters. Pandemia de Covid-19
USD/BRL
-

Por Ricardo Brito e Rodrigo Viga Gaier

BRASÍLIA (Reuters) - Em meio à repetida pressão dos presidentes da Câmara e do Senado a favor do pagamento de um novo auxílio aos vulneráveis, o presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta segunda-feira que a questão está em estudo, ressaltando que as ações terão de ser tomadas tendo em mente a preocupação com a dívida pública e com as reações do mercado.

Segundo afirmou uma fonte do governo à Reuters, o que está sendo avaliado no momento é um benefício de 200 reais a ser pago durante três meses a cerca de 30 milhões de vulneráveis que não estão incluídos no programa Bolsa Família.

"Eu acho que vai ter, vai ter uma prorrogação", disse ele, em entrevista ao programa Brasil Urgente, do jornalista José Luiz Datena.

Pouco antes, em cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro já admitia que o auxílio está sendo discutido.

"Estamos negociando com Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes, (Rogério) Marinho, entre outros, a questão de um auxílio ao nosso povo que está ainda em uma situação bastante complicada", disse o presidente.

"Sabemos que estamos, Paulo Guedes, no limite do nosso endividamento e devemos nos preocupar com isso", emendou. "Temos um cuidado muito grande com o mercado, com os investidores e com os contratos, que devem ser respeitados. Nós não podemos quebrar nada disso, caso contrário não teremos como garantir que o Brasil será diferente lá na frente."

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse esperar uma solução para a questão do auxílio ainda nesta semana mas, em declaração que preocupou investidores do mercado, evitou fazer uma relação direta entre a adoção do benefício e a votação das propostas do "protocolo fiscal" do governo.

"A emergência e urgência para a assistência social não pode esperar", disse ele, em entrevista à GloboNews.

Analistas já precificaram o pagamento de algum tipo de auxílio este ano, mas a expectativa é que a iniciativa seja casada com a aprovação das PECs do pacto federativo, que preveem gatilhos para a contenção de despesas. O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem defendido que o país não pode adotar estímulos sem medidas compensatórias, sob o risco de as medidas gerarem efeito contracionista.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira que irá trabalhar por solução "viável" para a concessão de auxílio emergencial para os vulneráveis dentro da regra do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas à variação da inflação. Lira se reuniria com o ministro Guedes no início da noite para discutir a pauta legislativa econômica.

Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), já há um acordo entre Bolsonaro e os presidentes da Câmara e do Senado para a criação do auxílio.

© Reuters. Pandemia de Covid-19

Em reação às declarações do governo e do Congresso, o dólar zerou boa parte da queda de mais cedo e fechou esta segunda-feira com apenas um leve recuo, com investidores colocando no preço da moeda prêmio de fiscal.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello, Lisandra Paraguassu e José de Castro)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.