Investing.com — A maioria dos maiores detentores de títulos do Tesouro dos EUA na Ásia está rejeitando o movimento de "vender América", segundo a Yardeni Research.
Recentemente, surgiram questões sobre a persistência desse movimento, que tem caracterizado muitos investidores se desfazendo de títulos governamentais.
Na Ásia, lar de muitos dos maiores bancos centrais detentores de títulos do Tesouro dos EUA, uma decisão recente da Moody’s de reduzir a classificação de crédito dos EUA deixou autoridades e investidores "em turbilhão", afirmou a Yardeni em nota aos clientes.
Esta semana, o rendimento do título do Tesouro de 30 anos ultrapassou os níveis registrados após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar pela primeira vez sua ampla agenda tarifária no início de abril.
Mas a Yardeni sugeriu que, além desse salto nos rendimentos de 30 anos, o rebaixamento da Moody’s não parece ter desencadeado uma corrida global de investidores para "vender América".
Notavelmente, um alerta da Moody’s sobre o impacto de uma dívida americana de US$ 36,2 trilhões "não foi novidade para ninguém" na Ásia, nem o destaque da agência de classificação sobre os elevados índices de pagamento de juros dos EUA, disse a Yardeni.
"A avaliação da Moody’s olha para o passado", argumentou a Yardeni, acrescentando que um "efeito positivo" sobre indicações de que o impulso tarifário de Trump não será tão agressivo quanto inicialmente temido ajudou a "abafar" preocupações sobre um debate contínuo sobre o orçamento em Washington.
Na terça-feira, Trump foi ao Capitólio para persuadir legisladores republicanos a aprovar seu enorme projeto de orçamento, que alguns analistas estimaram que poderia adicionar entre US$ 3 trilhões e US$ 5 trilhões à dívida do governo americano de US$ 36,2 trilhões. Grandes cortes de impostos propostos por Trump poderiam aumentar a oferta de títulos do Tesouro dos EUA, exercendo pressão sobre o mercado de títulos, disseram analistas.
Ainda assim, investidores asiáticos estão animados com sinais de resiliência no mercado de trabalho dos EUA, enquanto há uma "escassez" de alternativas globais de moeda ao dólar americano, o que tem sustentado a demanda pela moeda americana, afirmou a Yardeni.
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