Governo pode cortar mais de R$ 7 bi em emendas, diz Haddad

Publicado 14.10.2025, 09:10
© Reuters Governo pode cortar mais de R$ 7 bi em emendas, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 3ª feira (14.out.2025) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá cortar mais de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares no Orçamento de 2026.

Ele concedeu entrevista a jornalistas antes de participar de audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. O jornal Folha de S.Paulo disse nesta 3ª feira (14.out.2025) que haveria um corte de R$ 7,1 bilhões na verba de emendas no Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026.

Haddad declarou ainda que conversará com Lula para acertar as medidas necessárias para fechar o Orçamento do próximo ano. O Congresso derrubou a MP do IOF na 4ª feira (14.out.2025). A proposta dava R$ 17 bilhões ao governo.

O ministro da Fazenda respondeu que o valor dependerá do cenário. “Tem cenários que o Orçamento fica preservado e cenário que tem que alterar o Orçamento. Vai depender muito da decisão do presidente”, disse. Questionado se o valor do congelamento seria de R$ 7 bilhões, Haddad respondeu: “Pode ser até mais, dependendo do cenário”.

Haddad disse que, assim que Lula voltar, apresentará as propostas que estão na mesa. O Poder360 já mostrou que a equipe econômica deve insistir no aumento da taxação das bets, as casas de apostas. O presidente também já defendeu uma maior carga tributária sobre as fintechs.

Confira ao vivo a participação de Haddad no Senado:

IMPOSTO DE RENDA

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é relator da proposta que isenta de IR (Imposto de Renda) quem recebe até R$ 5.000 por mês. Ele é o presidente da CAE, onde Haddad participará às 10h de audiência pública.

Haddad disse que o projeto que foi aprovado por unanimidade na Câmara está “bem encaminhado”. E completou: “Vamos conversar com senadores para demonstrar que ele está bem estruturado. Queremos preservar justamente a neutralidade fiscal. É um projeto redondo: não arrecada menos, não arrecada mais”.

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