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Para Haddad, voto de Campos Neto no Copom foi técnico e não houve concessão ao governo

Publicado 02.08.2023, 19:30
Atualizado 02.08.2023, 21:21
© Reuters. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
13/03/2023
REUTERS/Adriano Machado

Por Victor Borges

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o voto do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela redução da taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira foi baseado inteiramente em critérios técnicos e não representou uma concessão às críticas do governo.

"Eu tenho certeza, até por conhecê-lo já há oito meses, que o presidente do BC votou com aquilo que ele domina em economia. É um voto técnico, calibrado à luz de tudo o que ele conhece da realidade do país. O fato de que nós estamos, nesse momento, alinhados em torno da decisão não significa que houve concessão do BC. Era uma situação de votação apertada mesmo, por várias opiniões no mercado", afirmou Haddad em entrevista a jornalistas na sede do ministério.

Depois de fortes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros membros do governo, incluindo o próprio Haddad, ao patamar elevado da taxa básica, o BC decidiu reduzir a Selic para 13,25%, o primeiro corte na taxa desde agosto de 2020, e afirmou ser possível uma nova baixa de 0,50 ponto percentual em setembro.

Na reunião desta quarta-feira, cinco membros da diretoria do BC votaram por um corte de 0,50 ponto percentual na Selic, incluindo Campos Neto e o novo diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo, ex-secretário executivo da Fazenda. Os outros quatro membros votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual.

Haddad ressaltou que o diálogo constante entre a área econômica do governo e a autoridade monetária foi um dos elementos cruciais que contribuíram para o ajuste, assim como os efeitos positivos no cenário macroeconômico das medidas elaboradas pelo governo no primeiro semestre.

"Eu falo aqui do ponto de vista institucional, de uma área econômica... Eu posso assegurar que o diálogo, tanto entre nós quanto das nossas equipes, foi o mais elevado possível. Nunca faltou uma abertura de nenhum lado para sentar e dialogar a respeito das decisões concretas que precisam ser tomadas", disse Haddad.

"Saúdo o presidente Roberto Campos pela interlocução, vamos continuar mantendo um nível de debate. Temos um caminho bom pela frente, longo, de parceria", acrescentou.

O ministro aproveitou para reiterar compromisso com a responsabilidade fiscal e com o combate à inflação, que, segundo ele, deve ficar mais fácil após o movimento de baixa da Selic. Haddad disse que a queda vai ajudar "muito" nas expectativas e ele espera repetir, durante os próximos meses, o sucesso das medidas do governo do primeiro semestre, apesar do cenário desafiador para 2024.

© Reuters. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
13/03/2023
REUTERS/Adriano Machado

"A inflação está controlada e a economia vai começar a se replanejar. Nós não estamos no fim de um trajeto, nós concluímos o primeiro ciclo de medidas. É o começo de um trabalho que será longo. Nós temos grandes desafios pela frente e o próprio comunicado do Copom deixa claro que vai manter um passo aguardando os desdobramentos dos trabalhos junto ao Congresso Nacional, junto ao Poder Judiciário, para que tudo concorra para o bem da economia brasileira. Então, eu saio mais otimista hoje", disse.

Questionado sobre os ajustes futuros do Copom, Haddad afirmou acreditar que a decisão do BC sinaliza que o governo está na direção certa e representa um avanço no sentido do crescimento econômico sustentável para todos.

Segundo ele, se a área econômica conseguir manter sua trajetória atual, a próxima leva de medidas da Fazenda que serão enviadas ao Congresso, junto com o Orçamento federal para o próximo ano, resultará em mais reduções dos juros, uma queda da inadimplência e um horizonte de planejamento maior.

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