⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Pedidos de auxílio-desemprego crescem em março e abril; governo vê represamento de 200 mil requerimentos

Publicado 28.04.2020, 14:04
© Reuters. (Blank Headline Received)

BRASÍLIA (Reuters) - Dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta terça-feira mostram que os pedidos de seguro-desemprego no país aumentaram 11,1% em março em relação a fevereiro e tiveram novo salto de 13,8% na primeira quinzena de abril sobre o mesmo período de março, em meio às dificuldades econômicas criadas pela pandemia do Covid-19.

O aumento da demanda pelo seguro é na prática maior porque, diante do fechamento dos postos de atendimento presencial aos desempregados por causa das medidas de isolamento social, o governo estima que houve um represamento de até 200 mil pedidos no período.

Ainda assim, o secretário especial de Previdência e Emprego, Bruno Bianco, destacou em entrevista coletiva que, no acumulado do ano, os números por ora mostram queda dos pedidos de seguro frente a 2019, de 7,4% até a primeira quinzena de abril, totalizando 1,856 milhão. Em março, foram apresentados 536,8 mil pedidos de seguro-desemprego e, na primeira quinzena de abril, 267,7 mil.

"Estamos conseguindo fazer com os que os empregos sejam preservados", afirmou Bianco, ponderando que o crescimento da demanda pelo auxílio-desemprego não seria elevado considerando a dimensão da crise econômica gerada pelo coronavírus em todo o mundo.

Considerando na conta também os pedidos de seguro-desemprego represados, contudo, a estimativa do governo é que os requerimentos ficarão cerca de 150 mil acima de 2019 no período de março e primeira quinzena de abril. Até o momento, os dados mostram uma retração de 62,2 mil pedidos no período.

"É claro que é um momento difícil, a economia toda do Brasil vai sofrer, é natural que haja uma perda ainda considerável de empregos nos próximos meses", disse o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, acrescentando que iniciativas tomadas pelo governo estão oferecendo um "colchão de amortecimento" à população em dificuldades.

Segundo Dalcolmo, mais de 4 milhões de trabalhadores já solicitaram o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM), a ser pago pelo governo como complementação parcial da renda a empregados formais no caso de redução de salário e jornada de trabalho ou de suspensão de contratos trabalhistas.

O secretário afirmou que a estimativa é que, com o BEM, a perda média de renda dos trabalhadores que aderiram ao programa será de cerca de 15%.

"A expectativa é que haja uma perda aí em torno de 15%, mas lembrando, esses trabalhadores não estarão trabalhando ou estarão com sua jornada reduzida", disse.

Sobre os dados do Caged, que poderão indicar com mais clareza o impacto da crise da pandemia sobre o emprego formal no país, Dalcolmo disse que o governo está mobilizado para sanar os problemas que levaram à suspensão da divulgação dos números do cadastro este ano.

Segundo o Ministério da Economia, as empresas têm enfrentado dificuldades no repasse dos dados, na esteira de simplificação promovida pelo governo para que o envio de informações trabalhistas fosse concentrado em um único canal e o cenário de pandemia do coronavírus tem dificultado a autorregularização.

"Como sabemos que há milhares de empresas que não estão reportando seus dados...não é razoável que se faça essa divulgação agora", afirmou Dalcolmo, acrescentando que os números voltarão a ser reportados assim que se mostrarem fidedignos.

Segundo o secretário, o ministério também está empenhado em desafogar o atendimento remoto aos solicitantes do seguro-desemprego, por telefone e email, e espera reduzir o quanto antes o represamento dos pedidos.

© Reuters. .

Em fevereiro e março, os trabalhadores do setor de serviços lideraram os pedidos de seguro-desmperego, com quase 40%, em linha com tendência histórica, segundo apontou Dalcolmo. São Paulo e Minas Gerais foram os Estados com o maior número de requerimentos.

(Por Isabel Versiani)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.