(Reuters) - O governo peruano ordenou nesta quinta-feira que suas Forças Armadas patrulhem as rodovias pelos próximos 30 dias, em meio a protestos nacionais por conta de altas nos preços de alimentos e de combustíveis.
O país sul-americano está tomado por bloqueios de estradas há mais de uma semana, por conta da alta de preços, que dispararam desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. O Peru enfrenta sua maior taxa de inflação em mais de um quarto de século.
O presidente peruano, Pedro Castillo, luta para trazer soluções significativas. Nessa semana, ele declarou um toque de recolher em Lima para tentar diminuir as perturbações, mas foi desafiado por milhares de pessoas, que tomaram as ruas em protestos que se tornaram violentos.
O governo cortou impostos sobre combustíveis, aumentou o salário mínimo e também propôs isenções de impostos sobre vendas para itens alimentares essenciais.
Castillo, que era um camponês e professor antes de assumir o cargo, também está em uma situação política vulnerável.
Sua taxa de aprovação mergulhou para 19%, uma mínima histórica de acordo com uma pesquisa Datum publicada na quinta-feira. Ele sobreviveu recentemente a um segundo pedido de impeachment em menos de um ano no poder.
(Reportagem de Marcelo Rochabrun)