WASHINGTON (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, disse que projetos de lei sobre gastos serão divulgados nesta terça-feira, com parlamentares ainda trabalhando nos números finais, à medida que a Casa se prepara para votar quatro medidas separadas que fornecem ajuda a Israel e à Ucrânia.
As medidas, que também incluiriam ajuda a Taiwan e aos aliados dos EUA no Indo-Pacífico, podem ser votadas já na sexta-feira - mais de dois meses após o Senado ter aprovado um projeto de lei que fornece assistência adicional aos dois aliados envolvidos em conflitos.
Johnson, em uma entrevista à Fox News, disse que um projeto de lei que aborda as prioridades de segurança nacional incluirá sanções adicionais à Rússia e ao Irã, bem como uma disposição relativa à "apreensão dos bens de oligarcas russos corruptos para ajudar em tudo isso".
Ele também disse que os parlamentares estão "tentando mesclar algumas" disposições para proteger a fronteira dos EUA na legislação, mas não deu mais detalhes. Com relação aos valores dos gastos, "parte disso ainda está sendo decidido", disse Johnson, acrescentando que os parlamentares podem alterar as medidas para exigir compensações para os custos.
O presidente Joe Biden tem pressionado Johnson para permitir a votação sobre o financiamento suplementar, assim como os republicanos e democratas do Senado. Mas Johnson apresentou uma série de motivos para adiar a votação, incluindo a necessidade de concentrar os recursos dos contribuintes em questões domésticas.
Muitos republicanos radicais, especialmente os aliados do ex-presidente Donald Trump, têm sido céticos em relação à assistência a Kiev em sua guerra contra a Rússia e se opõem ferozmente ao envio de bilhões de dólares a mais para a Ucrânia.
(Por Susan Heavey)