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Governo de Portugal rejeita pagamento para reparar legado colonial

Publicado 27.04.2024, 16:37
© Reuters. Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa 
 9/11/2023   REUTERS/Pedro Nunes

Por Sergio Goncalves

LISBOA (Reuters) - O governo de Portugal disse no sábado que se recusa a iniciar qualquer processo para pagar reparações pelas atrocidades cometidas durante a era escravagista e colonial, ao contrário de comentários anteriores do presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Entre os séculos 15 e 19, seis milhões de africanos foram sequestrados, transferidos a força pelo Atlântico em navios portugueses e vendidos como escravos, principalmente para o Brasil. 

Rebelo de Sousa disse no sábado que Portugal poderia usar vários métodos para pagar reparações, como cancelar dívidas de ex-colônias e fornecer financiamento. 

O governo afirmou em comunicado enviado à agência de notícias portuguesa Lusa que pretende “aprofundar as relações mútuas, o respeito pela verdade histórica e uma cooperação cada vez mais intensa e estreita, baseada na reconciliação de povos irmãos”.

Mas acrescentou que “não tem nenhum processo ou programa de ações específicas” para o pagamento de reparações, observando que esta linha foi seguida por governos anteriores.

Chamou as relações com as ex-colônias de "verdadeiramente excelentes" e citou a cooperação em áreas como educação, língua, cultura, saúde, além da cooperação financeira e econômica.

Na terça-feira, o presidente disse que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial e sugeriu que reparações são necessárias.  

Suas palavras provocaram fortes críticas de partidos de direita, incluindo o parceiro júnior da coalizão governista Aliança Democrática, o CDS-Partido Popular, e o partido de extrema-direita Chega. 

O líder da bancada parlamentar do CDS-Partido Popular, Paulo Nuncio, afirmou na quinta-feira que seu partido “não precisa revisitar legados coloniais e deveres de reparação que parecem importados de fora”.

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O líder do Chega, André Ventura, disse que o comportamento do presidente foi uma “traição para o país”. 

“Não podemos varrer isso para debaixo do tapete ou colocar em uma gaveta. Temos uma obrigação de pilotar, de liderar esse processo (de reparação)”, disse o presidente a repórteres neste sábado. 

Ele afirmou que o país precisa assumir “responsabilidade pelos aspectos bons e ruins do que aconteceu no Império e tirar as consequências”. 

A era colonial do país durou mais de cinco séculos, com Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e alguns territórios na Ásia sujeitos ao domínio português. 

A descolonização de países africanos e o fim do império africano aconteceu apenas meses depois da “Revolução dos Cravos” em 25 de abril de 1974, que derrubou a mais longa ditadura fascista da Europa e deu início à democracia. 

Rebelo de Sousa disse que as reparações podem assumir formas diferentes, “como perdão de dívida” para países que foram colonizados, “linhas de crédito, financiamento e programas especiais de cooperação”.

Últimos comentários

A História humana é uma sucessão de atrocidades terríveis. Como os países mudaram fical difícil attibuir responsabilidades aos países atuais. Será que a Itália é responsável pelos atos de Roma? Seráque a Grécia é responsável pelos atos de suas cidades-estado e da Macedônia? Será que o Iraque e a Síria são responsáveis prlo que a Assíria e a Babilônia fizeram? Será que a Mongólia responde pelos genocídios de Gengis Cã? Será que os países da Ásia Cdntral respondem pelos atos de Tamerlão?
E uma conta muito difícil de fazer.Pois não podemos esquecer que Portugal também para sermos justos investiu no Brasil.
Um absurdo, esse presidente de extrema esquerda comunista dizer uma coisa dessas. E quando os portugueses foram escravizados, quem vai pagar???
Pelas minhas contas, o boleto a ser pago ao Brasil, pelas toneladas de ouro, prata e diamantes que levaram daqui por 4 séculos, deve ficar entre 35 a 40 Bi de Euros, no barato, se eu me aprofundar em outros itens esse papagaio pode passar de 100Bi. Acho que vou apoiar mais essa ideia imbessíl da esquerda mundial.
você escreve imbecil com dois S e ainda acentua o i. Seu assassino da Língua Portuguesa!
Já sabemos quem é o imbessil.
O erro foi ter deixado esse gado idiota no Brasil.
Que besteira, isso foi a séculos, não temos nada a ver com o que passou. A único erro de Portugal foi não ter extinguido os ínuteis dos índios que hoje andam de Iphone e fazem pedágio ilegal.
Besteira é essa sua fala.
Tudo deveria começar pela inglaterra e nao por portugal . Qual mais lucrou em toda essa história nojenta foram os imundos dos ingleses
Maiorio dos grandes Europeus sao ricos as custas da exploração da África e América Latina
Isso que vc falou, Elias, está absolutamente certo sob o ponto de vista histórico, só troque Inglaterra pelo termo Reino Unido. E o comentário de José tb está perfeito.
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