⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Produção de veículos cai 15% em dezembro, mas vendas crescem, diz Anfavea

Publicado 10.01.2024, 12:49
Atualizado 10.01.2024, 12:56
© Reuters. Pátio de veículos da Volkswagen, em Taubaté
30/03/2015
REUTERS/Roosevelt Cassio

SÃO PAULO (Reuters) -A produção de veículos no Brasil caiu 15,3% em dezembro sobre novembro, para cerca de 172 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou a associação de montadoras, Anfavea, nesta quarta-feira.

As vendas saltaram 16,9% na mesma comparação, para cerca de 249 mil unidades, segundo os dados da entidade.

Em todo 2023, a produção caiu 1,9% sobre 2022, para 2,325 milhões de unidades. Já as vendas somaram 2,309 milhões de veículos, alta de 9,7% sobre o ano anterior.

"A média diária (de vendas) em dezembro, de 12,4 mil unidades, é o melhor resultado mensal em quatro anos, puxado pelas locadoras, que emplacaram 75 mil veículos, 30 mil a mais que a média do ano, e pelas promoções dos eletrificados antes da volta do Imposto de Importação", afirmou a Anfavea em apresentação.

O imposto, antes zerado para os elétricos, voltou a ser cobrado a partir de janeiro deste ano após demandas de vários meses de montadoras instaladas no Brasil ao governo federal.

As exportações de veículos do Brasil em 2023 somaram 404 mil unidades, queda de 16% sobre 2022, com o México sendo o principal destino dos produtos brasileiros, superando a Argentina pela primeira vez na história do setor. De cada três veículos exportados pelo Brasil, um foi para o México, disse o presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite, em apresentação a jornalistas.

Leite comentou que as exportações do setor de veículos para a Argentina caíram em 2023 por questões além da própria importação de modelos produzidos na Ásia, como um crescimento da própria produção argentina.

A expectativa, segundo o presidente da Anfavea, é que o mercado interno argentino registre vendas de cerca de 350 mil veículos este ano ante aproximadamente 440 mil em 2023.

"As exportações (do Brasil para o) México há tendência de continuar com crescimento. Argentina deve ter recuo na casa dos 20% e Colômbia e Chile estamos aguardando, mas certamente haverá crescimento porque estão com base muito baixa", disse Leite.

Em 2023, o México teve participação de 32% nas exportações brasileiras de veículos, ante 18% em 2022, correspondendo a envios de 135,8 mil unidades. O volume marca um crescimento de 51% sobre o ano anterior. Enquanto isso, a fatia da Argentina caiu de 28% para 27%, com volume em baixa de 16%, para 114,6 mil veículos.

Questionado sobre o mercado de locadoras e frotistas de veículos, que normalmente compram diretamente das montadoras, o presidente da Anfavea estimou que voltará a crescer em vendas neste ano, apesar do ciclo de baixa de juros e do aumento do crédito que tendem a estimular a venda de carros novos a consumidores.

"Apostamos ainda em crescimento desse mercado", disse o executivo. Leite citou que em 2019 a frota de locadoras era de 990 mil veículos no Brasil, avançando a 1,56 milhão em 2023. Segundo ele, apesar do crescimento, a idade média da frota está maior do que no período anterior à pandemia, na ordem de 18 meses, o que deve estimular as empresas a investirem na aquisição de veículos novos este ano.

© Reuters. Pátio de veículos da Volkswagen, em Taubaté
30/03/2015
REUTERS/Roosevelt Cassio

O presidente da Anfavea também afirmou que o programa Mover, aprovado pelo governo federal nos últimos dias de 2023 e voltado a estimular produção nacional de veículos menos poluentes como elétricos e híbridos, não deve ter impacto relevante neste ano.

O programa ainda depende de uma série de regulamentações, com as primeiras sendo editadas pelo governo até abril. Enquanto isso, a Anfavea pretende se reunir com outros participantes da indústria, como o setor de autopeças, nas próximas semanas para se preparar para a sua implantação, disse Leite.

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Patrícia Vilas Boas)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.