Por Gayatri Suroyo e Leika Kihara
JACARTA/TÓQUIO (Reuters) - Rússia e China abrandaram um comunicado que está sendo elaborado pelos líder do G20 nesta sexta-feira para remover uma referência às tensões geopolíticas "atuais" que obscurecem as perspectivas econômicas globais, disseram fontes envolvidas nas negociações.
A reunião dos ministros das Finanças e representantes dos bancos centrais do Grupo dos 20 países com as principais economias do mundo está acontecendo na capital indonésia, Jacarta, e virtualmente. Um comunicado final será emitido no final das conversações desta sexta-feira.
Um esboço inicial do texto visto pela Reuters já não continha nenhuma referência direta à crise na fronteira Ucrânia-Rússia, dizendo apenas que o G20 monitoraria os riscos, "incluindo aqueles decorrentes de tensões geopolíticas (atuais)".
Os redatores de comunicados usam parênteses para linguagem que não foi acordada por todos na mesa. Fontes disseram à Reuters que tanto a Rússia quanto a China pediram que a palavra "atuais" fosse removida.
O esboço mais recente diz: "Também continuaremos a monitorar os principais riscos globais, incluindo tensões geopolíticas que estão surgindo e vulnerabilidades macroeconômicas e financeiras".
Essa linguagem mais vaga contrasta fortemente com uma advertência dos ministros das Finanças do G7, grupo formado pelas grandes economias ocidentais, na segunda-feira, de que a Rússia enfrentaria consequências econômicas "maciças" se decidisse invadir a Ucrânia. A Rússia e a China não são membros do G7.