Por Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - As exportações da China em junho caíram mais do que o esperado em junho uma vez que a demanda global continua fraca e a decisão britânica de deixar a União Europeia gera incertezas para um dos maiores mercados de Pequim.
As importações também encolheram mais do que o esperado, sugerindo que o impacto das medidas de estímulo ao crescimento na segunda maior economia do mundo pode estar se enfraquecendo, após dados favoráveis em maio.
As exportações caíram 4,8 por cento em junho sobre o ano anterior e tiveram queda de 7,7 por cento na primeira metade de 2016, informou nesta quarta-feira a Administração Geral de Alfândega, acrescentando que a economia chinesa enfrenta uma crescente pressão e que a situação do comércio será adversa neste ano.
As importações recuaram 8,4 por cento sobre o ano anterior.
Isso resultou em um superávit comercial de 48,11 bilhões de dólares em junho, ante a projeção de 46,64 bilhões de dólares. Em maio, o superávit comercial foi de 49,98 bilhões de dólares.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que as exportações em junho recuassem 4,1 por cento, o mesmo que em maio, e projetavam que as importações recuassem 5,0 por cento, depois de caírem apenas 0,4 por cento no mês anterior.
O recuo das importações em maio foi o menor desde 2014, levantando expectativas de que a demanda doméstica chinesa estaria melhorando.
Entretanto, as importações da China de minério de ferro, petróleo, cobre e soja diminuíram em junho em relação ao mês anterior.