Paris, 11 out (EFE).- A Agência Internacional da Energia (AIE)
considerou hoje que as políticas nacionais são o principal obstáculo
para a aplicação de suas recomendações sobre a economia energética.
"Os Governos estão perdendo uma grande oportunidade para
economizar energia. Inclusive os países mais proativos em eficiência
energética aplicaram menos de 60% das recomendações da AIE",
assegurou o diretor-executivo do órgão, Nobuo Tanaka.
Tanaka detalhou que se fossem adotadas as 25 recomendações
emitidas pela AIE há dois anos poderia ser evitada a emissão de 8,2
bilhões de toneladas de dióxido de carbono até 2030, o que equivale
ao dobro das emissões anuais da União Europeia.
Diante do panorama, a AIE elaborou um novo relatório, com o qual
pretende dar aos Governos ferramentas que permitam iniciar as
políticas de controle energético.
Como exemplo de organização, Tanaka falou da política que regula
os níveis de eficiência energética dos frigoríficos, que requer dos
Executivos diferentes iniciativas, como o estabelecimento de
procedimentos de prova, criação de laboratórios para testes e
formação de técnicos qualificados.
Essas medidas "requerem tempo, recursos e experiência", e o
relatório da AIE pretende ajudar nesse sentido, assinalou. EFE