Genebra, 15 out (EFE).- A alta comissária da ONU, Navi Pillay,
pediu hoje à comunidade internacional que apoie o relatório que
condena os crimes e a impunidade durante a ofensiva israelense
iniciada em dezempreo passado na Faixa de Gaza, assim como os
ataques do Hamas, como resultado da investigação liderada pelo juiz
sul-africano Richard Goldstone.
Dirigindo-se ao Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, que
debate hoje esse relatório, Pillay pediu que sejam suspensas as
restrições impostas por Israel à entrada de palestinos à Mesquita de
Al-Aqsa, em Jerusalém.
Essa medida "deve ser suspensa para que a comunidade palestina
exerça seu direito ao culto", disse.
Também denunciou que "a demolição de casas continua" em Jerusalém
Oriental e reiterou o pedido de seu organismo para que "parem as
ordenes de despejo e demolição de casas palestinas no território
ocupado".
Em relação a Gaza, expressou sua "consternação" por causa de o
bloqueio desse território que continua, em detrimento da população e
que "impede a entrada de materiais para a reconstrução das casas e
da infraestrutura destruída durante os ataques militares
israelenses".
O CDH debate hoje, em Genebra, o relatório Goldstone, cujas
conclusões foram rejeitadas por Israel, que acusou o jurista e as
personalidades que colaboraram com ele em sua missão de ter
realizado uma análise tendenciosa favorável aos palestinos.
No entanto, a direção do Hamas também criticou o documento, no
qual este movimento radical - que governa Gaza - é acusado pelos
ataques com foguetes contra áreas civis israelenses. EFE