Nova York, 29 dez (EFE).- A Bolsa de Nova York (NYSE) anunciou nesta quinta-feira que as ações comuns da AMR, a matriz da recentemente declarada em moratória American Airlines, assim como os outros valores ligados à companhia aérea, deixarão de cotar nesse mercado a partir do próximo dia 5 de janeiro.
"O regulador da Bolsa determinou que a companhia já não está apta para ser incluída em nosso catálogo de valores", afirmou hoje o NYSE em comunicado, no qual detalhou que os títulos afetados por essa decisão serão os que são cotados agora sob as siglas "AMR", "AAR" e "AMR16".
As ações da matriz da terceira maior companhia aérea dos Estados Unidos não alcançam os padrões mínimos estabelecidos pelo NYSE para as companhias que cotam no pregão nova-iorquino, já que a média do preço de fechamento de seus títulos foi inferior ao dólar durante o último mês.
"A AMR não se opõe à suspensão e retirada de seus valores" do NYSE, afirmou em comunicado a companhia, que declarou que espera que seus títulos comecem a cotar no mesmo dia 5 de janeiro nos mercados secundários.
Enquanto isso, o regulador do NYSE advertiu "da incerteza pelos efeitos e pelo momento no qual se realizou o processo de moratória, assim como o efeito final que terá sobre os acionistas da companhia".
A exclusão da American Airlines do NYSE deve ainda receber o sinal verde da Comissão da Bolsa de Valores dos EUA (SEC, na sigla em inglês), detalhou o organismo regulador do pregão nova-iorquino.
A companhia aérea, que já foi a maior dos EUA e está relegada agora ao terceiro posto do setor, recorreu à moratória no último dia 29 de novembro para reestruturar sua avultada dívida, reduzir seus custos e tentar voltar a ser competitiva.
Segundo os documentos apresentados, a dívida da AMR aumentou até os US$ 29,5 nilhões, enquanto seus ativos se reduziram aos US$ 24,7 bilhões.
As ações de AMR fecharam hoje na Bolsa de Nova York com uma queda de 5,17%, enquanto nas operações eletrônicas posteriores ao fechamento desabavam 34,35%. Desde janeiro perderam quase todo seu valor na bolsa (93,38%). EFE