Davos (Suíça), 28 jan (EFE).- O ministro das Relações Exteriores
brasileiro, Celso Amorim, e ex-presidente dos Estados Unidos Bill
Clinton, enviado especial da ONU para o Haiti, pediram hoje aos
empresários que invistam no devastado país caribenho para a
reconstrução a médio e longo prazo.
"Estou emocionado com a grande generosidade que está havendo ao
Haiti neste momento, mas devemos pensar a médio e longo prazo,
porque isso está na volta da esquina, para reconstruir o país",
afirmou Amorim, em uma sessão do Fórum Econômico Mundial, em Davos,
destinada a debater como a comunidade empresarial pode ajudar nesta
tarefa.
"É importante que haja investimentos rápidos no Haiti, para que
as pessoas vejam que há esperança", ressaltou o chanceler
brasileiro.
"O Haiti tem a oportunidade de escapar de seu passado, e
construir um futuro melhor que o passado que tinha", disse Bill
Clinton, que esclareceu que "não se trata de reconstruir o Haiti tal
como era".
Amorim identificou as áreas que considerou prioritárias para essa
reconstrução a médio e longo prazo, e para as quais ofereceu a
colaboração do Brasil.
Entre elas, citou criar "trabalhos para os jovens do Haiti" em
setores como o têxtil, e realizar uma reconstrução ambiental.
"Precisamos realizar um programa em massa para replantar árvores
no Haiti, para evitar que essa terra que já estava devastada antes
do terremoto provoque inundações, e isso poderia ser financiado com
as grandes instituições financeiras, assim como o setor privado",
disse. EFE