SÃO PAULO (Reuters) - A carga de energia elétrica no sistema interligado do Brasil deverá fechar 2016 com retração de 2,4 por cento ante o ano passado, com baixa em todas regiões do país, apontou estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgado nesta terça-feira.
Para 2017, os órgãos projetam alta de 2,5 por cento no consumo, que passaria a crescer em ritmo mais acelerado a partir de 2018, até alcançar expansão de 5,3 por cento ao ano em 2020. No período 2015-2020, o crescimento médio seria de 2,7 por cento ao ano.
Os números são fruto de revisões feitas a cada quatro meses nas projeções. Em 2015, a carga caiu 0,5 por cento ante o ano anterior, segundo o ONS, devido à retração da economia e à alta das tarifas.
"A expectativa é de mais um ano de retração em 2016, com uma leve recuperação em 2017, seguida de um crescimento mais forte a partir de 2018 puxado pela retomada da utilização de capacidade ociosa", aponta o estudo.
EPE e ONS citam "a deterioração da conjuntura" para explicar as projeções, guiadas por uma redução da expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) para queda de 3 por cento neste ano, ante retração de 2 por cento na projeção anterior.
Na análise por região, a maior retração seria em Sudeste e Centro-Oeste (-3,3 por cento), seguidos por Sul (-2,3 por cento), Nordeste (-0,3 por cento) e Norte (-0,1 por cento).
(Por Luciano Costa)