Porto Príncipe, 23 jan (EFE).- Os bancos da capital haitiana
abriram hoje as portas, 11 dias depois do terremoto de 12 de
janeiro, com grandes filas, mas sem problemas nem atos de violência.
Segundo confirmou à Agência Efe o presidente da Associação dos
Bancos Privados, Maxime Charles, 42 agências bancárias abriram na
capital, e as que não o fizeram foi porque tiveram seus prédios
danificados e por isso não tinham condições de atender aos clientes.
Em cada instituição bancária, eram visíveis filas de cidadãos
ansiosos por retirar dinheiro - com o limite de US$ 2,5 mil - para
fazer todo o tipo de pagamento.
Discretamente escoltados por policiais da Missão da ONU no Haiti
(Minustah), os bancos abrirão as portas também, e de forma
excepcional, neste domingo.
No interior do país, os bancos já trabalham desde quinta-feira e
não foram registrados problemas, acrescentou Charles.
Os escritórios de envios de dinheiro e transferências também
tiveram filas desde a abertura há três dias.
O terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Haiti
ocorreu às 19h53 de Brasília do dia 12 de janeiro e teve epicentro a
15 quilômetros da capital, Porto Príncipe.
Pelo menos 21 brasileiros morreram na tragédia, sendo 18
militares e três civis, entre eles a médica Zilda Arns, fundadora e
coordenadora da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, o
segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti. EFE