WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nesta terça-feira o diplomata de carreira Jeffrey DeLaurentis para ser o primeiro embaixador dos país em Cuba em mais de cinco décadas, no que deve virar uma batalha feroz no Congresso, com oposição dos republicanos à abertura para a ilha de governo comunista.
A nomeação de DeLaurentis, principal autoridade do país na embaixada dos EUA em Havana desde que as relações foram restauradas em 2015, foi a mais recente decisão de Obama para ir o mais longe possível para normalizar os laços entre os antigos inimigos da Guerra Fria, antes de deixar o cargo em janeiro.
A indicação precisa de aval do Senado controlado pelos republicanos, o que é visto como um longo caminho, especialmente num ano de eleição presidencial e dada a forte resistência esperada por parte de legisladores cubano-americanos, como o senador Marco Rubio, da Flórida, e o senador Ted Cruz, do Texas.
"A liderança de Jeff tem sido vital ao longo da normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba, e a nomeação de um embaixador é um passo adiante para uma relação mais normal e produtiva entre os dois países", disse Obama em comunicado.
DeLaurentis era amplamente apontado como o favorito de Obama para o cargo. Mas ele evitou nomeá-lo até agora, apesar de Cuba ter indicado seu próprio embaixador em Washington pouco após as embaixadas terem sido reabertas nas capitais dos dois países. Será o primeiro enviado dos EUA a Cuba em 55 anos.
(Reportagem de Matt Spetalnick)