XANGAI (Reuters) - A decisão chinesa de permitir que os casais do país tenham dois filhos, ao invés de um, resultou nas taxas de natalidade mais altas desde 2000, disse uma autoridade do governo.
Os novos nascimentos na nação mais populosa do mundo chegaram a 17,86 milhões em 2016, um aumento de cerca de 1,4 milhão diante da média de 2011-2015, segundo Yang Wenzhuang, da Comissão Nacional de Saúde e de Planejamento Familiar.
"Embora o número total de mulheres em idade fértil tenha diminuído em 5 milhões, o número de nascimentos aumentou significativamente, mostrando que os ajustes na política de planejamento familiar foram extremamente oportunos e extremamente eficazes", disse ele aos repórteres no domingo.
Preocupada com os custos de sustentar uma população cada vez mais idosa, a China emitiu novas diretrizes no final de 2015, permitindo que todos os casais tenham dois filhos.
O país começou a implementar sua polêmica "política de filho único" nos anos 1970 para conter o crescimento populacional, mas hoje as autoridades temem que a força de trabalho minguante da nação não consiga manter uma população cada vez mais envelhecida.
Yang disse que o número de mulheres em idade fértil deve diminuir em cerca de 5 milhões por ano durante o período 2016-2020, mas que a China tem esperança de manter as taxas de natalidade na casa dos 17-20 milhões de nascimentos por ano.
A potência asiática já tomou providências para aumentar o contingente médico e a quantidade de leitos hospitalares para poder lidar com o aumento de nascimentos, e calcula que sua população total irá chegar a cerca de 1,42 bilhão até o final da década --no final de 2015 eram 1,37 bilhão de habitantes.
(Por David Stanway)