Gaza, 7 ago (EFE).- A única usina de geração de energia elétrica
de Gaza, que cobre um terço do consumo da Faixa de Gaza, deixou de
funcionar hoje, em meio a uma onda de calor, por falta de
combustível industrial, informaram fontes da própria usina.
O fechamento da passagem fronteiriça com Israel por ocasião do
dia sabático judeu agravou a carência de combustível, que tem sua
origem em uma disputa administrativa entre os dois Governos
palestinos paralelos: o do Hamas, na Faixa de Gaza, e o da
Autoridade Nacional Palestina (ANP), do Fatah, na Cisjordânia.
Um dos lados acusa o outro de ser responsável pela situação em
Gaza, que há meses só tem entre seis e 12 horas de energia por dia.
A ANP diz que o Hamas não paga a eletricidade e deixa um buraco
orçamentário que depois é fechado na Cisjordânia.
O Hamas defende, pelo contrário, que enviou as faturas ao Governo
de Ramala, o qual acusa de ter descumprido um compromisso de assumir
o pagamento do combustível para a usina, que a União Europeia (UE)
deixou de subvencionar no ano passado.
A usina já fechou momentaneamente em várias ocasiões, três
somente neste ano, por escassez de combustível.
Desta vez, a atual onda de calor na Faixa de Gaza aumentou o uso
de aparelhos de ar condicionado e ventiladores, minguando as já
poucas reservas de energia.
A usina gera 33% da eletricidade consumida em Gaza, enquanto
Israel vende 58% e o Egito, 9%. EFE