Jerusalém, 23 jun (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, viaja hoje a Roma e Paris para discutir o futuro do
processo de paz com os palestinos e pedir sanções ao Irã por seu
programa nuclear.
Netanyahu partirá esta manhã com destino a Roma, onde manterá uma
série de reuniões com dirigentes italianos, entre eles o
primeiro-ministro Silvio Berlusconi, e chegará a Paris na
quarta-feira para se reunir com o presidente francês, Nicolas
Sarkozy, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas.
Sua agenda de trabalho em Roma inclui conversas sobre as relações
políticas, diplomáticas e comerciais entre a Itália e o Irã, que
aumentaram depois de Berlusconi chegar ao poder.
A Itália é o principal parceiro comercial do Irã na União
Europeia (UE), indica hoje o diário "Ha'aretz".
Além disso, Netanyahu pedirá ao ministro de Assuntos Exteriores
italiano, Franco Frattini, que não realize a visita que agendou a
Teerã.
Esta noite, o líder israelense se reunirá com o presidente do
Parlamento, Gianfranco Fini, e no começo da manhã de quarta-feira
com o presidente italiano, Giorgio Napolitano.
Na quarta-feira em Paris, dirá ao presidente francês suas ideias
para retomar o processo de paz com os palestinos e com a Síria.
O premiê israelense pedirá a Sarkozy que a comunidade
internacional pressione os palestinos para que retomem as
negociações incondicionais, ou seja, sem interromper a construção
nos assentamentos judaicos.
As negociações com os palestinos estão interrompidas desde o
final de 2008, devido à antecipação das eleições em Israel, e quase
um ano depois da conferência de Annapolis, na qual se aceitou a
fórmula de dois Estados para dois povos, que Netanyahu tenta evitar.
O diário "Ha'aretz" informa que Sarkozy apresentará na reunião
uma iniciativa pessoal para convocar uma nova conferência
internacional de paz com o objetivo de as negociações entre
palestinos e israelenses e em nível regional.
A visita a Roma e Paris é a primeira de Netanyahu a países
europeus desde que assumiu o Governo israelense, após as eleições de
10 de fevereiro. EFE