Por Ian Simpson e Zachary Fagenson
WASHINGTON/PARKLAND (Reuters) - Dezenas de milhares de norte-americanos se reuniram por todo país neste sábado em manifestações do movimento "March For Our Lives" para exigir leis de controle e venda de armas mais rígidas, conduzidos por sobreviventes do massacre em escola da Flórida, no mês passado, que acendeu a indignação pública em relação aos atentados cometidos por atiradores.
Estudantes do colégio de Parkland, na Flórida, onde 17 pessoas foram mortas no dia 14 de fevereiro, estavam escalados para falar no maior dos eventos, na capital Washington, onde organizadores esperavam 500 mil pessoas na manifestação próxima ao Capitólio para pedir que o Congresso combata a violência por armas.
Os protestos têm como objetivo quebrar um bloqueio legislativo que há tempos impede os esforços para aumentar as restrições nas vendas de armas de fogo em um país onde tiroteios em escolas e faculdades se tornaram ocorrências assustadoramente frequentes.
"Eu não quero que outra criança se torne uma estatística", disse Ashley Schlaeger, uma caloura de 18 anos da Ohio State University que se dirigiu a Washington com amigos para o protesto.
No subúrbio de Parkland, em Fort Lauderdale, milhares de pessoas passaram por checkpoints da polícia para se reunirem em um parque para uma marcha. Muitos carregavam cartazes com slogans incluindo "Serei o próximo?", "Um chamado às armas para a Segurança de nossos filhos e filhas" e "Congresso=Assassinos".
Adam Buchwald, que sobreviveu o tiroteio na escola Marjory Stoneman Douglas, disse ao público que ele e seus amigos estariam focados em conseguir a aprovação da nova legislação.
(Reportagem adicional de Katanga Johnson em Washington e Jim Oliphant em West Palm Beach)