Investing.com – O petróleo West Texas Intermediate permanecia em baixa no pregão da América do Norte nesta quarta-feira após dados mostrarem que os estoques de petróleo bruto nos EUA registraram um aumento surpreendente e a produção do país atingiu níveis recordes, ao passo que os estoques de gasolina tiveram redução muito maior do que o esperado e estoques de destilados tiveram redução inesperada.
Após uma reação inicial de ampliar as perdas, a cotação do petróleo passou a recuperar parte do território perdido. Os contratos de petróleo bruto com vencimento em setembro na Bolsa Mercantil de Nova York tinham perdas de US$ 0,32, ou 0,42%, e o barril era negociado a US$ 66,84 às 11h50, o que se compara a US$ 66,60 antes do relatório.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 5,836 milhões de barris na semana que se encerrou em 14 de julho. Analistas de mercado esperavam uma redução de 3,622 milhões de barris, embora o Instituto Americano de Petróleo tenha divulgado um aumento de 0,629 milhão de barris, o segundo maior de sua história.
O Estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 0,860 milhão de barris na última semana, informou a EIA. O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 411,1 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar "cerca de 2% abaixo da média de cinco anos para esta altura do ano".
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 3,165 milhões de barris, em comparação a expectativas de 0,044 milhão de barris de redução, ao passo que os estoques de destilados tiveram redução de 0,371 milhão de barris, em comparação a projeções de 0,873 milhão de barris de aumento.
O EIA também observou que a produção dos EUA subiu de 10,9 milhões de barris por dia para um novo recorde histórico de 11,0 milhões.
Do outro lado do Atlântico, os contratos de petróleo Brent com vencimento em setembro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham queda de US$ 0,30, ou 0,42%, e eram negociados por US$ 71,86 o barril às 11h52, em comparação a US$ 71,58 antes da divulgação do relatório.
Dessa forma, o ágio do Brent em relação ao WTI ficou em US$ 5,08 o barril às 11h53, o que se compara à diferença de US$ 5,00 no fechamento do pregão de terça-feira.
O petróleo bruto dos Estados Unidos e o Brent caíram 9,6% e 7,2% na última semana e meia uma vez que a Arábia Saudita e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Rússia aumentaram a produção e algumas interrupções no fornecimento diminuíram.
A Líbia reabriu seus portos e começou a exportar petróleo novamente após o fechamento de seu campo de petróleo.
O Irã, quinto maior produtor mundial de petróleo, entrou com uma ação na Corte Internacional de Justiça contra as sanções impostas pelos EUA em maio, alegando que eles violaram um tratado bilateral de 1955 entre os dois países. O país islâmico pediu que as sanções fossem suspensas provisoriamente.
Na segunda-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que Washington pode conceder dispensas às sanções permitindo compras de petróleo do Irã.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros de gasolina com vencimento em agosto avançavam US$ 0,012 para US$ 2,0250 o galão às 11h54, ao passo que os contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em agosto recuavam US$ 0,011 e eram negociados por US$ 2,0587 o galão.
Os contratos futuros de gás natural com vencimento em agosto recuavam US$ 0,011 para US$ 2,729 por milhão de unidades térmicas britânicas.