WASHINGTON, 3 Set (Reuters) - Reguladores bancários dos Estados Unidos devem adotar nesta quarta-feira regras que forçam os grandes bancos a manter mais ativos que poderão ser facilmente vendidos em uma crise de crédito, uma exigência que está intimamente ligada à experiência da crise financeira de 2007-2009.
Os reguladores também vão apresentar uma proposta em separado sobre quanto dinheiro os compradores e vendedores de swaps devem reservar quando fazem negócios fora de câmaras de compensação centrais.
As regras do banco central norte-americano, o Federal Reserve, da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) e do Escritório do Controlador da Moeda (OCC) fazem parte de uma série de reformas destinadas a tornar os bancos mais resistentes para evitar outra crise econômica.
As regras de liquidez, que exigem que os grandes bancos detenham ativos líquidos suficientes para satisfazer as suas necessidades de caixa por 30 dias, são um dos principais pilares do acordo internacional conhecido como Basileia III. Elas têm como objetivo assegurar que os bancos tenham ativos fáceis de vender em mãos para que possam lidar com a retirada de recursos de clientes ou oferecer garantias em uma crise.
Em outubro de 2013, os reguladores dos EUA propuseram requisitos de liquidez que eram mais rigorosas do que os do acordo global, com um período mais curto de aplicação gradual para bancos domésticos como o JPMorgan Chase e Goldman Sachs do que para instituições estrangeiras.
As regras finais, a serem reveladas nesta quarta-feira, já provocaram protestos. Isso porque os reguladores vão determinar quais ativos contarão como altamente líquidos. Os bancos terão de manter um montante mínimo desses ativos, como títulos do Tesouro norte-americano.
(Por Emily Stephenson)