Brasília, 8 jun (EFE).- O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira que deve moderar os cortes nas taxas de juros, atualmente em 8,5% anuais, para reduzir a pressão inflacionária.
Como os riscos de inflação "permanecem limitados", a alta de preços ficará neste ano em torno de 4,5%, dentro da meta traçada pelo governo, de acordo com o que o BC registrou na ata da última reunião do conselho de política monetária, divulgada hoje.
A inflação acumulou, até maio, uma alta de 2,24%, segundo dados oficiais divulgados na quarta-feira, que constataram a tendência de desaceleração dos preços. A autoridade monetária manteve estáveis os cálculos para a inflação de 2013, e espera-se que o índice supere em pouco 4,5%.
A ata também indicou que a recuperação da economia brasileira "vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava", mas considerou que o consumo interno vai continuar "robusto" nos próximos meses. Com os dados, a entidade anunciou que os próximos cortes da taxa de juros serão feitos "com parcimônia".
O Banco Central aplicou sete cortes consecutivos de meio ponto percentual e situou a taxa básica Selic em 8,5% anuais, o valor mais baixo registrado no país.
Apesar da flexibilização da política monetária, a economia brasileira se estagnou no primeiro trimestre, quando registrou um crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB). EFE