Brasil pode se tornar uma das 5 maiores economias até 2050, diz revista

Publicado 12.11.2009, 13:29
Atualizado 12.11.2009, 13:35

Londres, 12 nov (EFE).- O Brasil pode se tornar uma das cinco economias mais potentes do mundo antes de 2050, segundo um relatório especial sobre negócios e finanças no país publicado na última edição da revista semanal "The Economist".

Segundo o relatório, se a estabilidade política e econômica do Brasil for mantida, o país poderia situar-se no clube das economias mais privilegiadas do mundo.

"O Brasil está na sequência", diz a análise da "Economist", que ressalta que o país nunca se viu antes em uma situação na qual convivessem democracia, inflação controlada e crescimento.

A revista destaca que o Brasil foi um dos últimos países a ser afetado pela crise econômica mundial e que foi um dos primeiros a sair da recessão.

"Parece que muitas coisas positivas estão acontecendo no Brasil no momento," comenta John Prideaux, autor do relatório.

São muitos os dados que levam ao otimismo. Por exemplo, o país é auto-suficiente em petróleo, vai conceder um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e um de seus fundos de investimento estrangeiro cresceu em 30%, enquanto o setor mostra uma queda de 14% no resto do mundo.

O relatório especial examina como este recente êxito surgiu e como as empresas, tanto nacionais quanto estrangeiras, podem tirar proveito da nova estabilidade no país.

"Ainda perduram muitos problemas", admite a "Economist", que acrescenta que, "no entanto, outros países também enfrentam problemas similares, mas o Brasil alcançou um progresso real".

O relatório também aborda o lado obscuro do Brasil, citando políticos corruptos, um sistema legal pouco funcional e um índice de homicídios altamente preocupante.

No outro extremo da balança, é mencionada a capacidade de desenvolvimento legislativo demonstrado pela nação em matéria econômica e de regulação de mercados financeiros.

"Graças a esta nova estabilidade, a melhor cara do Brasil tem muitas mais possibilidades de imperar", conclui Prideaux. EFE

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