Londres, 12 nov (EFE).- O Brasil pode se tornar uma das cinco
economias mais potentes do mundo antes de 2050, segundo um relatório
especial sobre negócios e finanças no país publicado na última
edição da revista semanal "The Economist".
Segundo o relatório, se a estabilidade política e econômica do
Brasil for mantida, o país poderia situar-se no clube das economias
mais privilegiadas do mundo.
"O Brasil está na sequência", diz a análise da "Economist", que
ressalta que o país nunca se viu antes em uma situação na qual
convivessem democracia, inflação controlada e crescimento.
A revista destaca que o Brasil foi um dos últimos países a ser
afetado pela crise econômica mundial e que foi um dos primeiros a
sair da recessão.
"Parece que muitas coisas positivas estão acontecendo no Brasil
no momento," comenta John Prideaux, autor do relatório.
São muitos os dados que levam ao otimismo. Por exemplo, o país é
auto-suficiente em petróleo, vai conceder um empréstimo ao Fundo
Monetário Internacional (FMI) e um de seus fundos de investimento
estrangeiro cresceu em 30%, enquanto o setor mostra uma queda de 14%
no resto do mundo.
O relatório especial examina como este recente êxito surgiu e
como as empresas, tanto nacionais quanto estrangeiras, podem tirar
proveito da nova estabilidade no país.
"Ainda perduram muitos problemas", admite a "Economist", que
acrescenta que, "no entanto, outros países também enfrentam
problemas similares, mas o Brasil alcançou um progresso real".
O relatório também aborda o lado obscuro do Brasil, citando
políticos corruptos, um sistema legal pouco funcional e um índice de
homicídios altamente preocupante.
No outro extremo da balança, é mencionada a capacidade de
desenvolvimento legislativo demonstrado pela nação em matéria
econômica e de regulação de mercados financeiros.
"Graças a esta nova estabilidade, a melhor cara do Brasil tem
muitas mais possibilidades de imperar", conclui Prideaux. EFE