Blockmarket - O Brasil fez história ao realizar a primeira transação internacional usando uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC), neste caso, o Yuan Digital, abrindo caminho para um novo modelo de pagamentos internacionais. Este marco representa um passo significativo na jornada do Brasil para se tornar uma economia digital totalmente tokenizada.O Banco da China Brasil SA e a Eldorado Brasil, uma companhia produtora de celulose, foram os participantes desta operação pioneira. A Eldorado Brasil exportou seus produtos para a China, marcando um momento histórico para a nova CBDC do país.
A transação foi realizada com sucesso. O uso do Yuan Digital não só simplifica as transações financeiras, mas também oferece uma série de benefícios inerentes a tecnologia blockchain. Entre eles, a redução dos custos de transação, a aceleração dos pagamentos e a integração à finanças descentralizadas (DeFi).
Primeira transação entre Brasil e China com Yuan Digital é destaque na mídia asiática.
A China, que tem apostado firmemente na desdolarização, já havia fechado uma parceria comercial com o governo brasileiro, desde o início deste ano, em que as transações entre os países serão conduzidas usando o Yuan, ao invés do dólar.
Assim, em fevereiro deste ano, o Banco Central da China e o Banco Central do Brasil firmaram um Memorando de Entendimento (MOU). Este acordo tem como objetivo facilitar os pagamentos comerciais entre os dois países utilizando a moeda chinesa.
Na transação brasileira que envolveu o Yuan Digital, o produto foi transportado do porto de Santos ao porto de Qingdao em agosto. As operações financeiras foram totalmente concluídas no final de setembro, com a conversão dos valores em Reais para o pagamento do fornecedor nacional.
O resultado desta transação teve um efeito positivo na China, que enfatizou o uso do Yuan Digital. Membros do governo comentaram sobre o feito na rede de televisão CCTV e no Weibo, e a notícia também foi destaque nos principais meios de comunicação em Singapura, China e Taiwan.
Após a primeira transação de sucesso, como Suzano (BVMF:SUZB3) e Petrobras (BVMF:PETR4), anunciaram que planejam realizar operações com o Yuan Digital em breve. De acordo com as empresas, a demanda por pagamentos em CBDC tem sido impulsionada pelos próprios importadores chineses, que expressaram o desejo de realizar pagamentos usando a moeda digital.
Yuan Digital pode impulsionar o DREX
O recente uso do Yuan Digital pelo Brasil abre caminho para o Drex (Real Digital) em pagamentos internacionais. Com a integração ao Yuan Digital, o Drex poderá facilitar pagamentos internacionais mais eficientes, beneficiando tanto consumidores quanto empresas.
Atualmente, o Drex está passando por uma fase de testes no Brasil, com a previsão de lançamento da primeira versão oficial da moeda digital no segundo semestre de 2024. Apesar do Drex ainda não ter sido oficialmente lançado, o Banco Central ressalta que existem desafios de interoperabilidade entre as CBDCs. Isso ocorre porque os próprios Bancos Centrais ainda não definiram a tecnologia que será utilizada.
Essa mudança tem o potencial de trazer eficiência e benefícios tanto para consumidores quanto para empresas. No entanto, é importante que continuemos a abordar os desafios que surgem com a adoção de CBDCs, incluindo questões de privacidade de dados, segurança cibernética e estabilidade financeira. À medida que o Brasil avança em sua jornada digital, é essencial que essas preocupações sejam tratadas para garantir um futuro financeiro seguro e próspero.
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